Ministra considera hospital de campanha em Valença um “processo completamente demagógico”
“É um processo completamente demagógico”, reagiu Ana Jorge em declarações aos jornalistas em Viseu, garantindo que o encerramento do SAP é para manter, até porque estas decisões não são tomadas “de uma forma leviana”.
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“É um processo completamente demagógico”, reagiu Ana Jorge em declarações aos jornalistas em Viseu, garantindo que o encerramento do SAP é para manter, até porque estas decisões não são tomadas “de uma forma leviana”.
A governante frisou que a reforma na organização dos horários dos centros de saúde tem como objectivo fundamental “garantir à população que tem os cuidados que necessita”, considerando “uma falsa segurança para a população” ter um SAP aberto durante a noite mas sem condições.
“Temos para aquela população dois serviços de urgência básica e um serviço médico-cirúrgico e toda a população, neste momento, do distrito de Viana tem médico de família, o que permite que possa ter consulta quando necessita durante o dia”, sublinhou.
A ministra acrescentou que quando acontece alguma urgência são precisos “outros cuidados”, que podem implicar meios complementares de diagnóstico, nomeadamente radiologia e análises, e esses podem tê-los “nos serviços de urgência básica ou no serviço de urgência médico-cirúrgica”.
“Isso está garantido, para além de terem quer as ambulâncias de Suporte Imediato de Vida, quer o reforço que houve também nos postos de emergência médica, além de uma VMER que já está em funcionamento”, assegurou.
Ana Jorge lembrou que esta não foi uma medida tomada agora, garantindo que “todos os presidentes de câmara” estavam a par da situação. “As condições já estão no terreno há algum tempo. Aquilo que nós garantimos foi que houvesse todos os meios a funcionar e, ao fim de algum tempo, podermos fazer estas alterações numa época que fosse mais tranquila”, explicou, lembrando que “não há situações, neste momento, de gravidade, de epidemias, é uma época tranquila do ponto de vista das doenças agudas”.
Neste âmbito, a ministra fez votos para que a população entenda que “isto foi feito para melhorar as suas condições de saúde”.
Além do hospital de campanha, os utentes do SAP de Valença, que encerrou às 00h00 de domingo, prometem ainda realizar uma nova marcha lenta, que tem início marcado para as 18h00. Já ontem decorreu uma marcha lenta de protesto que bloqueou o trânsito na ponte internacional sobre o rio Minho que liga Valença a Tui, na Galiza, Espanha.