Cavaco felicita Passos Coelho e diz que Portugal precisa de estabilidade
“Neste momento, independentemente de se gostar ou não gostar do Programa de Estabilidade e Crescimento, temos que nos colocar na posição de defender Portugal perante o estrangeiro”, afirmou Cavaco Silva em Loulé.
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“Neste momento, independentemente de se gostar ou não gostar do Programa de Estabilidade e Crescimento, temos que nos colocar na posição de defender Portugal perante o estrangeiro”, afirmou Cavaco Silva em Loulé.
O Presidente da República falava aos jornalistas à margem da inauguração da exposição “Aníbal Cavaco Silva: Exposição Biográfica de um Presidente nascido em Loulé”, patente no Convento de Santo António até 9 de Maio.
Salientando que Portugal precisa de estabilidade política para fazer face aos “desafios muito complexos” que tem pela frente, Cavaco Silva disse estar convencido de que todas as forças políticas pensam da mesma forma.
Evitar “juros mais elevados”“Nós dependemos muito, neste momento, da apreciação de cidadãos de outros países e, por isso, como Presidente da República, estarei sempre ao lado daquilo que é melhor para Portugal perante os estrangeiros que nos observam”, resumiu Cavaco Silva.
Segundo o Presidente, o país deve ter “muito cuidado” para não contribuir para que os mercados internacionais julguem mal o programa português porque assim as famílias e as empresas terão ainda de pagar “juros mais elevados”.
Durante a visita que fez à exposição em sua homenagem, promovida pela Câmara Municipal de Loulé no âmbito das comemorações do centenário da implantação da República, o Presidente recordou momentos desde a sua infância, em Boliqueime, ao início da carreira política.
Aos jornalistas Cavaco Silva confessou que o momento mais surpreendente da sua vida política foi o convite de Francisco Sá Carneiro para integrar o Governo como ministro das Finanças em 1979.
“Foi uma surpresa e a minha primeira reacção até foi negativa”, lembrou, contando que na altura se preparava para prestar provas para ascender a professor catedrático e que não tinha qualquer experiência política.