"Oceano Pacífico" é o mais antigo programa em emissão mas sem segredos de longevidade

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Imagem do Oceano Pacífico na Internet DR

Há 25 anos que o marulhar das águas do Oceano Pacífico se ouve de domingo a sexta na RFM, encerrando o dia ao som de baladas criteriosamente escolhidas para pacificar.

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Há 25 anos que o marulhar das águas do Oceano Pacífico se ouve de domingo a sexta na RFM, encerrando o dia ao som de baladas criteriosamente escolhidas para pacificar.

“Não se pode dizer que tenho um segredo para a longevidade do programa. Faço-o como se fosse a primeira vez, a paixão transmite-se, talvez seja esse o segredo “, disse João Chaves em declarações à Lusa numa entrevista a propósito do congresso internacional de rádio, que decorreu esta semana em Lisboa.

A forma como embrulha a voz durante o programa, garante o coordenador de programas, António Mendes, é também parte do segredo.

Desde 1984 que João Chaves comanda os destinos do “Oceano Pacífico”, um programa que “ultrapassou” as ondas hertzianas e está agora também online, 24 horas por dia na webrádio Oceano Pacífico.

Na verdade, a Internet colocou o programa em várias partes de globo e o que é mais surpreendente para João Chaves é que está a ser ouvido por pessoas de várias nacionalidades.

“Recebo e-mails do mundo inteiro, da China, por exemplo, o que é surpreendente. Tenho e-mails de pessoas que ouvem o ‘Oceano Pacífico’ às 10 da manhã e outras as sete da tarde. O fenómeno do ‘Oceano Pacífico’ já é planetário”, diz João Chaves sorrindo.

O desafio de iniciar a viagem no “Oceano Pacífico” foi-lhe lançado por Jaime Fernandes, o então director de programas da Rádio Renascença. Aceitou mas com algum receio inicial porque os programas da noite com sucesso nunca era de música mas sim debates e programas falados.

Desde então João Chaves e o seu “Oceano Pacífico” fizeram parte da vida de três gerações, garante.

“Criou-se um hábito de ouvir o ‘Oceano Pacífico’, as pessoas habituaram-se. Quando comecei eram os pais, depois os filhos e agora os netos. Serve muitas vezes de música de embalar para adormecer as crianças”, conta.

Um quarto de século depois da sua primeira emissão, o programa, alega João Chaves, faz parte da vida das pessoas e não são poucas as que lhe pedem para gravar as músicas que tocavam em determinados momentos: o nascimento de um filho, por exemplo.

A fórmula encontrada para o sucesso do programa não parece esgotada, e a voz que o comanda acredita que a serenidade do “Oceano Pacífico” vai continuar por outros tantos anos.