Ministra da Educação lançou hoje uma nova aventura
A Livraria Barata, na Avenida de Roma, em Lisboa, estava ao rubro quando Isabel Alçada chegou pontualmente à hora marcada. Eram onze da manhã e a amiga Ana Maria Magalhães já se encontrava no meio da confusão, entre a quase centena de alunos de quatro colégios.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A Livraria Barata, na Avenida de Roma, em Lisboa, estava ao rubro quando Isabel Alçada chegou pontualmente à hora marcada. Eram onze da manhã e a amiga Ana Maria Magalhães já se encontrava no meio da confusão, entre a quase centena de alunos de quatro colégios.
Os mais novos aguardavam ansiosos a chegada da “escritora ministra”, com perguntas preparadas para fazer às autoras no lançamento de “Uma aventura no Pulo do Lobo”.
Ficou evidente que, para alguns, a expressão “lançamento de um livro” ainda não tem um significado muito claro quando uma menina perguntou: “Quando é que uma Aventura no Pulo do Lobo vai ficar à venda?”. “Agora mesmo”, respondeu Isabel Alçada.
Muitos queriam perceber “como é que é possível duas pessoas escreverem um livro”, mas houve quem estivesse mais interessado em ouvir falar sobre capacidade de gestão de tempo de uma ministra.
De um pequeno grupo de alunos da primária do Colégio Moderno surgiu a pergunta: “Como é que sendo ministra da Educação tem tempo para escrever livros?”.
“Escrevo aos fins-de-semana sempre que posso, já faz parte da minha vida. Acho que vai ser sempre assim”, respondeu Isabel Alçada. Ana Maria Magalhães acrescentou que os almoços “que deveriam ser de hora e meia passaram para meia hora” e aproveitam o tempo restante para escrever mais um livro.
“Uma aventura no Pulo do Lobo” ficou concluída antes de tomar posse, mas o cargo não a impediu de continuar a fazer o que gosta e a próxima história já está na calha. As histórias “partem da imaginação” das duas autoras e “dos locais visitados” antes de começarem a trabalhar, explicou Ana Maria Magalhães.
O Pulo do Lobo, no Parque Natural do Vale do Guadiana, foi escolhido para palco da 53.ª aventura da colecção depois de receberem “dez cartas de leitores do norte a sul do país” que sonhavam com uma história naquela zona.
A maioria dos alunos fez hoje fila em frente à caixa registadora para comprar o novo livro que seria autografado pelas autoras. Junto à entrada da loja, um casal de idosos tentava perceber a razão da confusão instalada na sua livraria de bairro: “Ahhh... É uma campanha da publicidade da ministra”, concluiu o marido perante o olhar perscrutador da esposa que tentava identificar Isabel Alçada no meio da confusão: “Mas onde é que está a ministra?!”
Estava no meio da livraria, onde se sente como numa pastelaria: “Quando entro numa livraria sinto que é como se estivesse a entrar numa pastelaria, sei que vou gostar de lá estar. No entanto, numa pastelaria geralmente comemos o bolo de que mais gostamos, na livraria não tenho apenas um livro de que gosto, mas vários. Gosto de comer sempre o mesmo bolo, mas prefiro ler diferentes livros". A comparação deixou a centena de crianças com água na boca e até houve quem tivesse verbalizado o prazer com um sonoro “mnham, mnham”.