Vítimas do furacão Katrina processam companhias petrolíferas e químicas
A queixa colectiva de vários moradores do Mississípi, cuja costa foi atingida pelos ventos fortes e chuvas torrenciais, foi apresentada poucas semanas depois do furacão. Apesar de ter sido rejeitada em primeira instância – tendo sido alegado que o debate climático não tinha lugar no tribunal -, a queixa foi aprovada por um tribunal de apelo federal, em Outubro de 2009. No entanto, o mesmo tribunal decidiu em Fevereiro reavaliar o processo. Agora, os moradores do Mississípi estão a aguardar que o tribunal de apelo fixe uma nova data para a audiência, em princípio algo que deverá acontecer nos próximos três meses.
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A queixa colectiva de vários moradores do Mississípi, cuja costa foi atingida pelos ventos fortes e chuvas torrenciais, foi apresentada poucas semanas depois do furacão. Apesar de ter sido rejeitada em primeira instância – tendo sido alegado que o debate climático não tinha lugar no tribunal -, a queixa foi aprovada por um tribunal de apelo federal, em Outubro de 2009. No entanto, o mesmo tribunal decidiu em Fevereiro reavaliar o processo. Agora, os moradores do Mississípi estão a aguardar que o tribunal de apelo fixe uma nova data para a audiência, em princípio algo que deverá acontecer nos próximos três meses.
A decisão final deste tribunal deverá ser apresentada até ao final deste ano.
O furacão Katrina fez mais de 1200 mortos, principalmente em Nova Orleães, na Louisiana, estado vizinho do Mississípi.
Os queixosos consideram que “a produção de energia, combustíveis fósseis e as indústrias químicas nos Estados Unidos libertam gases com efeito de estufa que contribuem para as alterações climáticas, ou seja, o aumento das temperaturas à superfície da terra e do mar”, segundo o tribunal de apelo.
Este aumento da temperatura, “por sua vez, causa a subida do nível do mar e aumentou a potência do furacão Katrina que destruiu propriedades de privados e públicas”.
Entre as várias empresas directamente visadas por esta queixa estão a Shell, ExxonMobile, BP e Chevron.
Os queixosos pedem compensações por prejuízos, “violação da propriedade” e “negligência”. Consideram que as emissões de gases com efeito de estufa fizeram entrar “água salgada, destroços, sedimentos, substâncias perigosas e outros materiais nas suas propriedades”. Além disso, as empresas em questão tinham “o dever de realizar as suas actividades sem pôr em causa o ambiente, a saúde pública, a propriedade privada e os cidadãos do Mississípi”.