Começou a ofensiva turística: "Se quer ajudar, venha de férias"
"A mensagem para o consumidor final é: se quer ajudar a Madeira, não precisa de se sacrificar, venha fazer férias", revelou ontem Pedro Ferreira, vice-presidente da Associação Portuguesa de Agências de Viagem e Turismo (APAVT), após reunir com a secretária regional dos Transportes e Turismo, Conceição Estudante, e com o director comercial da TAP, Carlos Paneiro. "A ideia é fazer a transição do período de crise para o de normalidade, chamando a atenção para a capacidade de solidariedade do país, mas também para o facto de que grande parte da oferta turística da Madeira não foi afectada".
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"A mensagem para o consumidor final é: se quer ajudar a Madeira, não precisa de se sacrificar, venha fazer férias", revelou ontem Pedro Ferreira, vice-presidente da Associação Portuguesa de Agências de Viagem e Turismo (APAVT), após reunir com a secretária regional dos Transportes e Turismo, Conceição Estudante, e com o director comercial da TAP, Carlos Paneiro. "A ideia é fazer a transição do período de crise para o de normalidade, chamando a atenção para a capacidade de solidariedade do país, mas também para o facto de que grande parte da oferta turística da Madeira não foi afectada".
A próxima Festa da Flor, o segundo maior cartaz turístico da região (15 a 18 de Abril), foi simbolicamente escolhida pelo Governo Regional como "o grande momento e a grande festa da celebração da vida e da recuperação do povo madeirense". As escolas reabriram ontem e a zona baixa do Funchal voltou à sua quase normalidade, apesar de haver trânsito condicionado pelos trabalhos de remoção dos destroços da intempérie que estão a ser intensificados na serra de Água e Tabua, agora com a ajuda das máquinas que procederam ao desassoreamento das ribeiras do Funchal.
As autoridades têm aconselhado a utilização de transportes públicos, para evitar maiores constrangimentos à circulação automóvel e problemas de estacionamento no centro da cidade, com alguns parques ainda encerrados para limpeza. O Mercado dos Lavradores, um dos pontos turísticos da cidade, reabriu ontem, tal como a maior parte dos estabelecimentos comerciais. Os bares e as pequenas lojas da zona antiga da cidade e da marina, igualmente destruídos pelos temporais, não deverão abrir nos próximo tempos.
Hotéis intactosNo porto do Funchal estiveram ontem atracados dois navios de cruzeiro, com mais de quatro mil visitantes. Devido à sua localização na parte mais alta da Zona Oeste da cidade, os hotéis não foram afectados pelo temporal e estão a funcionar em pleno. Presentemente, estão hospedados nos hotéis madeirenses cerca de 17 mil turistas, prevendo-se que a taxa de ocupação (agora nos 52 por cento) possa baixar nos próximos dias devido ao impacto do temporal no exterior.
"Sabemos que os cancelamentos aconteceram num primeiro momento. A nossa preocupação é estancar aquilo que possa estar a acontecer e evitar que haja mais cancelamentos. Por isso, precisamos que a imagem lá para fora seja de recuperação e da cara limpa que o Funchal já vai tendo", disse Conceição Estudante.
Além do apelo à solidariedade nacional através da marcação de férias na Madeira, está prevista uma intensa ofensiva de marketing na feira de turismo que a Aliança Mundial das Associações de Agentes de Viagens realiza a 8 e 9 de Março em Lisboa. Também a TAP vai lançar uma acção promocional junto das famílias portuguesas, oferecendo viagens gratuitas para crianças até aos 12 anos do continente para a Madeira, entre 12 de Abril e 31 de Maio. Estão ainda previstas campanhas específicas em mercados como Espanha, Reino Unido, Alemanha, Rússia e Itália a promover pela transportadora aérea portuguesa.