Papa afirma que abuso sexual de crianças é "um crime hediondo"
No fim de dois dias de reunião no Vaticano com 24 prelados irlandeses, para debater um escândalo de pedofilia, o chefe da Igreja disse que tal género de comportamento "ofende Deus e fere a dignidade da pessoa humana criada à sua imagem".
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No fim de dois dias de reunião no Vaticano com 24 prelados irlandeses, para debater um escândalo de pedofilia, o chefe da Igreja disse que tal género de comportamento "ofende Deus e fere a dignidade da pessoa humana criada à sua imagem".
Depois de ter assumido que "a actual situação dolorosa não se resolverá rapidamente", o Papa convidou os prelados a enfrentarem os problemas que se arrastam desde há décadas com determinação, honestidade e coragem, conta um comunicado distribuído pela Santa Sé.
Por seu turno, os bispos chamados a Roma para debater o assunto prometeram cooperar com as autoridades civis na resolução de todo este caso; e reconheceram que o mesmo levou a uma quebra de confiança na hierarquia católica.
Os prelados "falaram francamente do sentimento de dor e vergonha que lhes foi expresso em numerosas ocasiões pelos abusados" e disseram ter havido também um sentimento de ultrage por parte dos leigos, e sacerdotes que sabiam do que desde há muito se passava na Irlanda.
Os bispos não tiveram dúvida em reconhecer os seus "erros de julgamento e omissões", por ao longo de décadas não terem denunciado em público nem punido devidamente todos os sacerdotes que se foram dedicando ao abuso de crianças e de adolescentes. Mas garantiram já terem sido agora tomadas medidas para garantir a segurança da juventude.
Bento XVI manifestou a esperança de que esta sua reunião de dois dias com os bispos da Irlanda "encorage uma renovação da fé em Cristo e a restauração da credibilidade espiritual e moral da Igreja".