Cavaco Silva recupera lugar de político mais popular

Foto
Nos dois estudos publicados, o Presidente da República voltou a subir Pedro Cunha (arquivo)

Depois da mensagem de Ano Novo, Cavaco Silva viu a sua popularidade subir de 4,1 para 9,9 por cento, ficando com um resultado melhor que Paulo Portas, apesar de este continuar a ser o líder partidário preferido. O dirigente centrista subiu 1,5 por cento para 9,4 por cento.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Depois da mensagem de Ano Novo, Cavaco Silva viu a sua popularidade subir de 4,1 para 9,9 por cento, ficando com um resultado melhor que Paulo Portas, apesar de este continuar a ser o líder partidário preferido. O dirigente centrista subiu 1,5 por cento para 9,4 por cento.

O mês de Janeiro fica marcado por uma melhoria geral dos resultados. No barómetro, também o primeiro-ministro, José Sócrates, recuperou 2,5 por cento de popularidade, situando-se agora nos quatro por cento. A líder do PSD, pelo contrário, mostrou uma tendência de descida. Manuela Ferreira Leite perdeu 1,8 por cento de popularidade, ficando com 6,6 por cento.

No que diz respeito aos partidos, o PS perdeu 0,5 por cento e o PSD subiu exactamente o mesmo valor. Mesmo assim a distância entre os dois maiores partidos com assento parlamentar continua a ser grande: os socialistas contam com 38 por cento das intenções de voto e os social-democratas com apenas 27,4 por cento.

A seguir uma tendência contrária à do seu líder está o CDS-PP. Os democratas-cristãos perdem 0,6 por cento das intenções de voto mas, mesmo assim, continuam a ser a terceira força partidária com 12,1 por cento. Segue-se o Bloco de Esquerda com 9,3 por cento e a CDU com 8,4.

Sócrates a descer

Também uma sondagem publicada hoje pelo “Correio da Manhã” mostra que, três meses após a polémica da alegada vigilância a Belém, o Presidente da República recuperou quase toda a sua popularidade: consegue 13,5 pontos numa escala de zero a vinte, faltando-lhe 2,1 valores para alcançar o seu melhor resultado. Já o secretário-geral do Partido Socialista perdeu pontos com a sua actuação a merecer uma nota negativa de 9,2 valores. Contudo, pior ficou a dirigente social-democrata com 6,1.

Uma vez mais os resultados dos líderes não reflectem a realidade dos partidos. Tanto PS como PSD conseguiram nesta sondagem travar a queda das intenções de voto. O partido de José Sócrates conquista 33,4 por cento e o de Ferreira Leite 26,5. Por seu lado, a CDU também registou um crescimento para 8,2 por cento, mas o CDS-PP caiu para 11,7 por cento e o BE para dez por cento. Apesar disso, também neste inquérito o líder centrista, Paulo Portas, continua a ser o mais popular com 11,7 valores seguido do comunista Jerónimo de Sousa (11 valores) e do bloquista Francisco Louçã (10,4).

O estudo avalia também a popularidade dos ministros, tendo a titular da pasta da Educação, Isabel Alçada, conquistado o primeiro lugar com 12,5 valores. Segue-se a ministra da Saúde, Ana Jorge, com 11,1 valores. No fundo da tabela estão os ministros mais populares do anterior Executivo: o responsável pela pasta das Finanças, Teixeira dos Santos, com 8,7 valores e o titular da pasta da Economia, Vieira da Silva, que subiu na tabela mas tem apenas 9,5 valores.

Fichas técnicas

A sondagem feita pela Eurosondagem para a Renascença, "Expresso" e SIC, foi realizada pelo telefone entre 7 e 12 de Janeiro, em Portugal Continental, tendo como universo a população com mais de 18 anos residente em lares com telefone fixo. Os entrevistados foram distribuídos aleatoriamente no que se refere ao sexo e à idade. A amostra foi estratificada por regiões: 20 por cento na Região Norte, 15 por cento na área Metropolitana do Porto, 26 por cento na área Metropolitana de Lisboa, 30 por cento na Região Centro e 9 por cento na região Sul. No total houve 1010 entrevistas validadas que correspondem a uma taxa de resposta de 80,9 por cento.

Já o barómetro da Aximage realizado para o “Correio da Manhã” teve como universo os indivíduos inscritos nos cadernos eleitorais de Portugal com telefone fixo ou possuidores de telemóvel. A amostra foi aleatória e estratificada (região, habitat, sexo, idade, escolaridade, actividade e voto legislativo) e representativa do universo. Foi extraída de um subuniverso obtido de forma idêntica. A amostra contou com 600 entrevistas efectivas: 273 a homens e 327 a mulheres, 139 no interior, 222 no litoral norte e 239 no litoral centro sul, 184 em aldeias, 186 em vilas e 230 em cidades. A proporcionalidade pelas variáveis de estratificação é obtida após reequilibragem amostral. A sondagem foi realizada por entrevista telefónica entre os dias 6 a 8 e 11 de Janeiro de 2010, com uma taxa de resposta de 72,6 por cento. Para uma amostra aleatória simples com 600 entrevistas, o desvio-padrão máximo é 0,020 (ou seja, uma margem de erro de 4,0 por cento).