Televisão pública espanhola entra em 2010 sem publicidade

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A TVE vai aumentar os espaços de informação com o fim da publicidade Sergio Perez/Reuters

A decisão surge numa altura de crise profunda para o sector, em que o mercado publicitário televisivo espanhol decaiu 40 por cento (contas até Abril deste ano). Mas, em declarações à revista Briefing, especialistas nesta área afirmam que a libertação desta fatia de mercado avaliada em 500 milhões de euros não deve servir de regozijo aos privados, uma vez que a publicidade na TVE foi sendo gradualmente reduzida e nos últimos tempos não se viu um aumento do investimento nos canais privados. Segundo o decreto do Governo de Zapatero, esta medida será colmatada nas fianças da TVe com compensações pagas pelos operadores privados com base nos seus lucros anuais.

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A decisão surge numa altura de crise profunda para o sector, em que o mercado publicitário televisivo espanhol decaiu 40 por cento (contas até Abril deste ano). Mas, em declarações à revista Briefing, especialistas nesta área afirmam que a libertação desta fatia de mercado avaliada em 500 milhões de euros não deve servir de regozijo aos privados, uma vez que a publicidade na TVE foi sendo gradualmente reduzida e nos últimos tempos não se viu um aumento do investimento nos canais privados. Segundo o decreto do Governo de Zapatero, esta medida será colmatada nas fianças da TVe com compensações pagas pelos operadores privados com base nos seus lucros anuais.

Auto-promoções, publicidade institucional, de cariz social ou acordos publicitários que se prendam com contratos de emissões desportivas ficam fora do acordo.

Segundo dizia o “El Mundo hoje”, a ausência de publicidade significará também um maior espaço dado à informação, com o alargamento dos serviços noticiosos e criação de novos espaços informativos de “late prime-time” ligados a informação geral e desporto olímpico, por exemplo.

Desaparecerão também alguns modelos de entretenimento que a TVE vinha a exibir como o formato espanhol do português “Dança Comigo”, que também foi emitido cá pelo serviço público.

Em Portugal os operadores privados, com destaque para a SIC, na pessoa do seu Presidente Francisco Pinto Balsemão, vêm repetitivamente, pedido o fim da publicidade no serviço público. Luís Filipe Menezes, durante o mandato como presidente do PSD, chegou mesmo a avançar com uma proposta do partido nesse sentido. E Pinto Balsemão não descartava um regime de compensações à RTP se tal acontecesse, algo contudo rejeitado pela TVI.

França avançará também com o fim da publicidade no serviço público de TV em Dezembro de 2011.