Quando há pianistas na mesma família, principalmente quando um é muito bom, é difícil não cair na tentação de tocar em recitais a quatro mãos ou dois pianos. Os exemplos são muitos, sendo o mais óbvio o das irmãs Labeque. No entanto, nem sempre o resultado é brilhante. O facto de ver anunciado o duo Ashkenazy, pai Vladimir e filho Vovka (entre pai, mãe e dois filhos, são quatro pianistas), não augurava um bom resultado: o pai é um dos gigantes do piano do século XX; o filho é desconhecido. No entanto, e ao contrário das previsões com base no preconceito, o resultado é bom.

Quando há pianistas na mesma família, principalmente quando um é muito bom, é difícil não cair na tentação de tocar em recitais a quatro mãos ou dois pianos. Os exemplos são muitos, sendo o mais óbvio o das irmãs Labeque. No entanto, nem sempre o resultado é brilhante. O facto de ver anunciado o duo Ashkenazy, pai Vladimir e filho Vovka (entre pai, mãe e dois filhos, são quatro pianistas), não augurava um bom resultado: o pai é um dos gigantes do piano do século XX; o filho é desconhecido. No entanto, e ao contrário das previsões com base no preconceito, o resultado é bom.

A música é de Debussy e Ravel, os dois "leões" da música francesa. Não sendo um repertório de fácil audição, principalmente no caso de Debussy, é tocado com rigor e encanto. Para além dos célebres originais de Debussy para dois pianos, "En blanc et noir" e "Lindarajara", o CD inclui uma brilhante transcrição do poema coreográfico "Jeux", da autoria do pianista Jean-Efflam Bavouzet (prémios Gramophone e BBC pela interpretação de Debussy em 2009).

Nas obras de Ravel ("Entre cloches", Rapsodie espagnole" e "La Valse"), a experiência de Vladimir enquanto maestro parece reflectir-se da melhor forma, oferecendo uma leitura orquestral e plena de colorido.