Moniz: ERC tem "obrigação" de exercer funções mesmo que isso implique acusar Governo de ingerência
"Acho que uma entidade reguladora, como esta, tem obrigação de exercer as suas funções. Se no âmbito das suas funções for obrigada a isso [acusar um Governo de ingerência na comunicação social] por que não? Só lhe fica bem", disse José Eduardo Moniz em resposta às questões dos jornalistas.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
"Acho que uma entidade reguladora, como esta, tem obrigação de exercer as suas funções. Se no âmbito das suas funções for obrigada a isso [acusar um Governo de ingerência na comunicação social] por que não? Só lhe fica bem", disse José Eduardo Moniz em resposta às questões dos jornalistas.
O ex-director-geral da TVI falava hoje à saída de uma audição na Entidade Reguladora Para a Comunicação Social onde foi ouvido no âmbito do processo de averiguação de alegadas interferências do poder político e económico na comunicação social. No âmbito do mesmo processo está também ser ouvida a jornalista e ex directora-adjunta da TVI Manuela Moura Guedes.
A audição dos dois jornalistas surge na sequência da suspensão em Setembro do Jornal de Sexta da TVI (habitualmente apresentado, e da responsabilidade, de Manuela Moura Guedes) pela administração da Media Capital, um dia antes de o programa ter retomado a emissão, após um período de férias, e quando se previa a divulgação de novos dados sobre o caso Freeport.
O caso levou a direcção do canal a demitir-se enquanto a redacção considerava a questão como "um atentado à liberdade de imprensa" e José Eduardo Moniz, já fora da estação, afirmava tratar-se de "um escândalo".