Proposta de reestruturação da Papelaria Fernandes prevê abatimento da massa insolvente a 21 anos

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A proposta assegura um mínimo de 80 por cento dos postos de trabalho existentes e garante a manutenção do número de lojas Pedro Cunha (arquivo)

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o conselho de administração da Papelaria Fernandes anuncia o “desfecho do processo de insolvência”, com a proposta de reestruturação vencedora apresentada pelo actual presidente, José Morgado Henriques.

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Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o conselho de administração da Papelaria Fernandes anuncia o “desfecho do processo de insolvência”, com a proposta de reestruturação vencedora apresentada pelo actual presidente, José Morgado Henriques.

“Esta proposta prevê a cessão de exploração, a uma nova sociedade, pelo prazo de 21 anos, do negócio de retalho do Grupo e dos respectivos bens e direitos afectos, mediante o pagamento de uma renda trimestral indexada ao volume de negócios da nova sociedade cessionária e que será redistribuída pelos credores do Grupo, de acordo com os critérios definidos naquele plano”, lê-se.

A mesma proposta assegura ainda um mínimo de 80 por cento dos postos de trabalho actualmente existentes e garante também a manutenção do número de lojas actual, prevendo a sua posterior expansão.

No final daquele prazo, e cumprido um valor pago acumulado mínimo, acrescenta, “opera-se a transmissão, para a sociedade cessionária, daqueles bens e direitos, onde se incluem, entre outros, as marcas e patentes e os direitos de arrendamento”.

A Papelaria Fernandes estima terminar o ano de 2009 com uma facturação na ordem dos cinco milhões de euros, “menos de metade” em relação ao valor de 2008, ano em que a empresa registou 13 milhões de euros.