Termo de Identidade e Residência para detido após desacatos envolveram futebolista Miguel
Eram 5h00 da madrugada quando o lateral-direito do Valência (Espanha), acompanhado de mais três ou quatro homens, foi impedido de entrar na discoteca RS Dreams, onde decorria uma festa privada, conforme anunciava um dístico junto à entrada. Miguel e os amigos, segundo disse à SIC um segurança do estabelecimento, para além de não possuírem convites para a festa, também estariam embriagados, pelo que terão sido convidados a retirar-se.
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Eram 5h00 da madrugada quando o lateral-direito do Valência (Espanha), acompanhado de mais três ou quatro homens, foi impedido de entrar na discoteca RS Dreams, onde decorria uma festa privada, conforme anunciava um dístico junto à entrada. Miguel e os amigos, segundo disse à SIC um segurança do estabelecimento, para além de não possuírem convites para a festa, também estariam embriagados, pelo que terão sido convidados a retirar-se.
O abandono do local não se fez, no entanto, de modo ordeiro. Os testemunhos dos seguranças referem que foi o jogador quem, depois de alguns empurrões, se teria deslocado ao carro e trouxe a arma, efectuando então entre três a cinco disparos e pelo menos uma bala teria ido alojar-se na bagageira de uma carrinha.
O empresário do jogador, Paulo Barbosa, veio posteriormente negar que Miguel estivesse na posse de armas ou que tivesse efectuado disparos. Essa foi, também, a interpretação da PSP que, pelas 7h00, junto à discoteca, viria a identificar todo o grupo (entretanto regressado ao local sem se saber muito bem porquê) e a deter um dos seus elementos.
Este homem, conforme confirmou o PÚBLICO, foi presente ao Tribunal de Almada ao final da manhã – depois de ter sido identificado, com o futebolista e restantes amigos, na esquadra da Cruz de Pau –, tendo sido enviado em liberdade com um termo de identidade e residência. Segundo a PSP, este homem será, para já, o único arguido do inquérito que foi instaurado. Irá responder pela posse de arma proibida (calibre 9 milímetros).
O incidente da madrugada de hoje não foi o primeiro em que se viu envolvido o antigo defesa do Benfica. Até a sua saída da Luz, em Agosto de 2005, foi conflituosa, com o jogador a proferir uma declaração pública em que pedia desculpas ao clube e, minutos depois, já no exterior, a expressar palavras de menor apreço para com os dirigentes. Nessa ocasião já havia episódios policiais que ligavam o atleta a desacatos nocturnos e que conotavam algumas das suas habituais companhias com o tráfico de droga.
Em Janeiro do ano passado, Miguel e outro português a actuar no Valência, o médio Manuel Fernandes, foram detidos pela polícia espanhola depois de desacatos num estabelecimento nocturno. O clube espanhol, após apurar os contornos do caso, multou-os em 25 mil euros. Este episódio não foi inédito, uma vez que o jogador também já teria, junto a uma discoteca algarvia, sido responsável pela agressão de alguns jornalistas que o tentavam fotografar.
Notícia actualizada às 20h24