Confrontos em Teerão em início de celebração religiosa xiita
Os protestos, em pequena escala, recomeçaram depois da morte, no fim-de-semana passado, do ayatollah Ali Montazeri, um importante líder religioso e um dos fundadores da República Islâmica que vinha a criticar as acções recentes do regime.
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Os protestos, em pequena escala, recomeçaram depois da morte, no fim-de-semana passado, do ayatollah Ali Montazeri, um importante líder religioso e um dos fundadores da República Islâmica que vinha a criticar as acções recentes do regime.
Hoje, a agência noticiosa do Irão, IRNA, falava de “ajuntamento de amotinados sem sucesso”, mas sites reformistas descreviam confrontos entre a polícia e manifestantes, relatando mesmo um ataque aos escritórios da agência noticiosa ISNA, dos estudantes, onde tinham procurado refúgio alguns manifestantes.
A oposição protesta ainda contra a reeleição, que dizem ter sido fraudulenta, do Presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad. Os primeiros protestos, a uma escala nunca vista na República Islâmica desde a sua fundação em 1979, foram reprimidos com brutalidade e detenções. As autoridades conseguiram desde então controlar os protestos, mas a oposição tenta aproveitar quaisquer celebrações políticas ou religiosas em palcos de protesto.
O mesmo está a acontecer agora, quando os xiitas celebram o seu principal feriado religioso, a Ashura, que assinala a morte, na batalha de Kerbala, do imã Hussein, neto de Maomé. O feriado decorre hoje e amanhã e coincide com os sete dias de luto sobre a morte de Montazeri.