Demitiram-se mais dois bispos irlandeses devido ao relatório Murphy

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Quatro dos cinco prelados criticados no relatório já se demitiram Cathal McNaughton/Reuters

Os prelados divulgaram um comunicado conjunto que foi lido durante a Missa do Galo, dizendo esperar que as suas resignações ajudem a dar paz às vítimas dos abusos.

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Os prelados divulgaram um comunicado conjunto que foi lido durante a Missa do Galo, dizendo esperar que as suas resignações ajudem a dar paz às vítimas dos abusos.

Quatro dos cinco prelados criticados no relatório já se demitiram, só permanecendo no exercício das suas funções o bispo de Galway, Martin Drennan.

O bispo de Limerick, Donald Murray, resignou pouco depois de o relatório ter dito que "não havia desculpas" para o facto de nada ter feito contra um padre suspeito de pedofilia.

Quarta-feira foi revelado que o bispo de Kildare e Leighlin, James Moriarty, apresentara ao Papa o seu pedido de resignação, que deverá ser formalmente aceite em meados de Janeiro.

Éammon Walsh fora nomeado em Abril de 1990, mais de um ano antes de Moriarty ter sido designado bispo auxiliar de Dublin, de onde depois transitou para a diocese de Kildare e Leighlin.

Field e Drennan foram nomeados bispos auxiliares de Dublin em Setembro de 1997, tendo depois o segundo passado para bispo de Galway em Maio de 2005.

Na sua declaração de quarta-feira, o bispo James Moriarty sublinhou que o relatório Murphy se refere à forma como, durante muitas décadas, a arquidiocese da capital irlandesa não reagiu de forma apropriada aos actos criminosos que alguns dos seus sacerdotes cometeram contra crianças.

Numa autocrítica, o prelado reconheceu que, a partir da altura em que foi nomeado bispo auxiliar, deveria ter "desafiado a cultura prevalecente", que era a de esconder os abusos de há muito cometidos.

Andrew Madden, que fora abusado quando era um menino do coro, saudara as palavras de Moriarty e pedira aos bispos Walsh, Field e Drennan que se demitissem, o que os dois primeiros acabaram por fazer, a noite passada.