Pugilista muçulmano impedido de combater no Reino Unido por não cortar a barba

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O profissional Danny Williams (à direita) passou pelo mesmo problema de Mohammed Patel Fadi Al-Assaad / Reuters (Arquivo)

A ABAE (Associação Inglesa de Boxe Amador) não permitiu que Patel subisse ao ringue com “o rosto coberto”. A “limpeza” da face é considerada “desagradável” no islão e a barba é considerada uma “característica natural” do sexo masculino.

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A ABAE (Associação Inglesa de Boxe Amador) não permitiu que Patel subisse ao ringue com “o rosto coberto”. A “limpeza” da face é considerada “desagradável” no islão e a barba é considerada uma “característica natural” do sexo masculino.

Inconformado com a atitude, Patel afirmou estar chocado. "Nem sei o que dizer. Quando li as regras, pensei: O que eu posso fazer? É minha religião", desabafou.

Em resposta ao pugilista, a ABAE divulgou um comunicado oficial: "Sem a barba, os árbitros conseguem ver rápida e claramente se há um corte. A regra existe para a própria segurança dos pugilistas e não para discriminar nenhuma religião em particular."

O caso de Mohammed Patel não foi o primeiro em que um muçulmano foi obrigado a cortar a barba antes de combater. Se Patel combate numa categoria amadora, o profissional Danny Willians recebeu a mesma reivindicação.

Há cinco anos, o britânico soube, momentos antes de subir ao ringue contra o ucraniano Vitali Klitschko, que teria de aparar a barba para combater. Willians chegou a ameaçar não realizar o combate, contudo, acabou por ceder.