Supremo brasileiro deu a norte-americano Goldman a custódia do filho

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A luta de David Goldman pelo filho tornou-se uma disputa diplomática Bruno Domingos/REUTERS

O Supremo confirmou a decisão que fora tomada na semana passada pelo Tribunal Regional Federal, de que o garoto fique à custódia do paí, apesar de todas as tentativas em contrário feitas pela família da mãe, Bruna Bianchi.

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O Supremo confirmou a decisão que fora tomada na semana passada pelo Tribunal Regional Federal, de que o garoto fique à custódia do paí, apesar de todas as tentativas em contrário feitas pela família da mãe, Bruna Bianchi.

Este caso jurídico tem causado tensões entre Washington e Brasília, com os Estados Unidos a ameaçarem impedir a aprovação de muitos benefícios fiscais ao Brasil se aquele cidadão da New Jersey não ficasse com o filho.

Bruna Bianchi voltou em 2004 para o seu país natal, com o filho. Divorciou-se de Goldman e voltou a casar, mas morreu no ano passado.

O pequeno tem estado com o padrasto e com outros parentes, enquanto o pai insistia em que ele lhe fosse entregue, tendo para o caso contado com o apoio do representante Chris Smith e do senador Frank Lautenberg.

Nos últimos cinco anos, David Goldman só tem conseguido ver o filho durante breves visitas ao Brasil; e ainda agora, depois desta decisão do Supremo, a incerteza continua a pairar, pois a família materna de Sean ainda poderá recorrer.

Por um lado, a avó escreveu ao Presidente Lula da Silva no sentido de impedir a saída do miúdo e por outro, a secretário de Estado norte-americana, Hillary Clinton, solicitou ao Brasil que o deixe ir para New Jersey.