A "orquestra para um só" de Jorge Coelho
"O Olho Torto" é o primeiro de uma série de pequenos discos que Jorge Coelho, guitarrista do Porto com currículo muito preenchido (esteve nos Cosmic City Blues, Zen e Tenaz, mantém o projecto Cães aos Círculos e acompanha os Mesa em palco e em estúdio), pretende lançar na Internet. O álbum, que pode ser descarregado gratuitamente no "site" da editora e promotora Lovers & Lollypops (www.loversandlollypops.com), mostra um músico interessado nas virtudes da guitarra acústica e nas ligações entre a folk e outras músicas que guitarristas como John Fahey experimentaram. "Acho que não há volta a dar ao Fahey, como não se pode dar a volta ao [Carlos] Paredes ou ao [Leo] Kottke. Não é possível tocar guitarra sem estar consciente do que fizeram ou fazem. Como o [Jim] O'Rourke, o [James] Blackshaw ou o Derek Bailey. São muitos. Muito que viram a guitarra como uma orquestra para um só", explica Coelho ao Ípsilon.
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"O Olho Torto" é o primeiro de uma série de pequenos discos que Jorge Coelho, guitarrista do Porto com currículo muito preenchido (esteve nos Cosmic City Blues, Zen e Tenaz, mantém o projecto Cães aos Círculos e acompanha os Mesa em palco e em estúdio), pretende lançar na Internet. O álbum, que pode ser descarregado gratuitamente no "site" da editora e promotora Lovers & Lollypops (www.loversandlollypops.com), mostra um músico interessado nas virtudes da guitarra acústica e nas ligações entre a folk e outras músicas que guitarristas como John Fahey experimentaram. "Acho que não há volta a dar ao Fahey, como não se pode dar a volta ao [Carlos] Paredes ou ao [Leo] Kottke. Não é possível tocar guitarra sem estar consciente do que fizeram ou fazem. Como o [Jim] O'Rourke, o [James] Blackshaw ou o Derek Bailey. São muitos. Muito que viram a guitarra como uma orquestra para um só", explica Coelho ao Ípsilon.
O disco foi feito "trabalhando em cima de algumas afinações" que "pareciam particularmente promissoras". "Algumas coisas foram-se desenvolvendo para formas mais estruturadas e outras queriam ser só uma apresentação da afinação, como a primeira coisa a dizer, e foram gravadas com bastante liberdade", diz.
Esta nova forma de disponibilizar música interessa a Jorge Coelho. É tudo uma questão de liberdade. "O formato mais curto está-me a permitir trabalhar de forma constante, sem chegar a uma situação de saturação. Sei que daqui a uns meses já vou estar com alguma coisa nova nas mãos. Posso ver avanços rápidos e fico livre da armadilha de passar um longo período a preparar um disco para depois ter um período ainda maior em que tenho que tentar fazer alguma coisa com ele".