Bispo auxiliar de Lisboa benze dezenas de grávidas para "levantar valores da família"
"Participam nesta missa mais pessoas do que as que se vêem", começou por anunciar o bispo auxiliar de Lisboa, Anacleto Oliveira, que celebrou a missa. "As pessoas que não se vêem estão no centro das atenções. São as crianças que já vêm a caminho."
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"Participam nesta missa mais pessoas do que as que se vêem", começou por anunciar o bispo auxiliar de Lisboa, Anacleto Oliveira, que celebrou a missa. "As pessoas que não se vêem estão no centro das atenções. São as crianças que já vêm a caminho."
Compareceram à chamada perto de 30 grávidas, a maioria na companhia dos maridos, que ficaram sentadas nas primeiras quatro filas da basílica. Luísa e Manuel Rebelo Rodrigues são os futuros pais de João Maria, previsto nascer em Março. Vieram para que "a gravidez seja abençoada e o bebé também". No texto da bênção, pede-se também que, "no momento do parto, Ele vos conforte com a Sua Graça".
Margarida Almeida e Rui Freitas esperam Dulce para Março e ouviram falar da iniciativa na rádio e na Internet. Acreditam que a cerimónia é um passo para que "a criança seja saudável". Na bênção pede-se "pela saúde dos seus filhos que vão nascer".
O Presépio na Cidade é um projecto que todos os anos ganha vida no mês do advento - de 29 de Novembro ao Dia de Natal. O objectivo é "repor o verdadeiro sentido do Natal". Sofia Guedes, a coordenadora, explica que a Bênção das Grávidas é apenas uma das iniciativas de uma agenda que quer "trazer Jesus para a rua, anunciando o que é o verdadeiro Natal, desprovido de tudo o que abafa Jesus".
Os sintomas da criseOutro dos objectivos é "levantar bem alto os valores da Família e da Vida, que tanto têm sido menosprezados", lê-se no sitewww.presepionacidade.org. Quando Sofia Guedes fala em "grande crise da família e da maternidade" fala do aborto e do casamento gay: "Antes da lei do aborto as igrejas e as casas de acolhimentos para mães em dificuldade estavam cheias de grávidas", constata. "Hoje, à mínima dificuldade, fazem um, dois, três abortos. Menosprezamos o dom da maternidade." Casada há 30 anos, com três filhos, pensa que outro dos sintomas da "crise da família" é o "querer equiparar-se casamentos entre dois homens e duas mulheres ao casamento entre um homem e uma mulher. Estamos a baralhar tudo".
Além da Bênção das Grávidas, houve ontem também uma procissão em Lisboa, à chuva e ao frio, para orar ao verdadeiro espírito do Natal.