Ferreira Leite de acordo com congresso extraordinário sugerido por Santana

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A líder entende que "é bastante positivo que haja um momento de debate" João Henriques (arquivo)

Manuela Ferreira Leite justificou a sua permanência à frente do PSD, após a derrota das legislativas de Setembro, com a necessidade de dar estabilidade ao partido e para se concentrar na discussão do Orçamento do Estado de 2010. Mas o debate da sucessão começa a abalar os social-democratas.

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Manuela Ferreira Leite justificou a sua permanência à frente do PSD, após a derrota das legislativas de Setembro, com a necessidade de dar estabilidade ao partido e para se concentrar na discussão do Orçamento do Estado de 2010. Mas o debate da sucessão começa a abalar os social-democratas.

O ex-líder do partido Pedro Santana Lopes está a recolher as 2500 assinaturas necessárias para convocar um congresso extraordinário de “reflexão” antes das eleições directas do próximo ano e Ferreira Leite concorda. Uma iniciativa de Santana, revelada pelo semanário “Sol”, da qual a líder foi informada. E concorda.

“É bastante positivo”, afirmou a presidente do partido no final de um debate do Instituto Sá Carneiro, em Lisboa, sobre os novos desafios do partido. “É um belíssimo momento para ser um foro de debate muitíssimo importante antes das eleições directas, que é aquilo que ele pretende. Portanto, é bastante positivo que haja um momento de debate” sem ser “na óptica das eleições, acrescentou.

Já o ex-líder parlamentar do PSD e actual eurodeputado Paulo Rangel, convidado a falar sobre os novos desafios do partido, discorda, dizendo que “talvez não seja altura para isso”.

Após a derrota nas legislativas de Setembro, em que o PS ganhou sem maioria absoluta, Manuela Ferreira Leite manteve-se à frente do partido e anunciou a convocação de directas para depois do Orçamento do Estado de 2010, no início do ano.