Anarquistas colocaram bomba numa Universidade de Milão

Parte do engenho chegou a explodir parcialmente, numa conduta de tubos eléctricos que se encontra nos subterrâneos da Universidade, tendo motivado hoje de manhã uma reunião de emergência na Câmara Municipal, para debater as medidas a adoptar na sequência deste atentado.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Parte do engenho chegou a explodir parcialmente, numa conduta de tubos eléctricos que se encontra nos subterrâneos da Universidade, tendo motivado hoje de manhã uma reunião de emergência na Câmara Municipal, para debater as medidas a adoptar na sequência deste atentado.

O presidente da Câmara, Gian Valerio Lombardi, e o comandante provincial dos carabineiros, coronel Sergio Pascali, foram alguns dos participantes no exame da situação de segurança existente na grande cidade, depois de se ter encontrado o cilindro metálico colocado pelos anarquistas.

Foi decidido intensificar os serviços de vigilância a objectivos considerados de risco e aumentar o nível das investigações, de modo a evitar novos actos de violência.

A FAI “representou, nos últimos anos, a principal ameaça terrorista de matriz anarco-insurrecionista a nível nacional”, afirmam os serviços secretos italianos no seu último relatório enviado ao Parlamento.

Têm aumentado as suas cartas e actos de vandalismo, mas não os atentados propriamente ditos, nomeadamente devido à existência de um dispositivo de segurança, segundo alegam os serviços secretos.

“Encerrem imediatamente os centros de identificação e expulsão de estrangeiros ou começará a correr o sangue dos patrões”, disseram agora os anarquistas numa mensagem enviada ao jornal diário "Libero". Ao mesmo tempo que dirigiam uma carta armadilhada ao director do Centro de Identificação e Expulsão de Gradisca d’Isonzo, na região de Friuli-Venezia Giulia, no Nordeste da Itália.

O ministro do Interior, Roberto Maroni, da Liga do Norte, relacionou este surto de actividade anarquista com o “clima de exasperação que se tem vivido nos últimos dias”, desde a agressão de domingo ao chefe do Governo, Silvio Berlusconi.