Facebook: mais de um milhão de utilizadores activos em Portugal

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Javier Olivan é o responsável pelo serviço de internacionalização do Facebook Daniel Rocha

"Em Portugal acabámos de passar o milhão de utilizadores activos [que acedam à rede pelo menos uma vez por mês]. Mais de metade entra no Facebook todos os dias. A esmagadora maioria entra pelo menos todas as semanas", disse Javier Olivan.

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"Em Portugal acabámos de passar o milhão de utilizadores activos [que acedam à rede pelo menos uma vez por mês]. Mais de metade entra no Facebook todos os dias. A esmagadora maioria entra pelo menos todas as semanas", disse Javier Olivan.

"Mas aquilo que é mais impressionante é a velocidade com que o Facebook está a ganhar utilizadores em Portugal. Em Setembro contava-se apenas meio milhão. Ou seja, em três meses o número de utilizadores duplicou. E se compararmos com o início deste ano, altura em que existiam apenas cerca de 100 mil perfis, o número de utilizadores portugueses aumentou dez vezes", acrescentou ainda o responsável espanhol.

O Facebook só tem versão portuguesa desde Setembro de 2008. Actualmente a rede social tem utilizadores registados em todos os 195 países do mundo e versões em mais de 60 línguas.

Javier Olivan traçou o perfil do utilizador médio do Facebook: mais de 50 por cento dos 350 milhões de utilizadores activos em todo o mundo acedem à rede todos os dias, têm uma média de120 amigos, fazem upload de 2,5 mil milhões de fotografias todos os meses e todas as semanas partilham 3,5 mil milhões de mensagens, como notícias, fotos ou eventos.

Confrontado com a hipótese de o Facebook ser uma moda passageira, Javier Olivan estimou que, tal como os telemóveis, a rede social cumpre uma necessidade universal, que é a de pôr as pessoas em contacto umas com as outras. Como o telefone, que já existe há mais de um século e não corre o risco de acabar. “A necessidade humana de comunicar com outras pessoas não é uma moda. É uma coisa inerente ao ser humano que nunca vai mudar”.

Mas afinal de contas qual é o segredo do sucesso do Facebook, que veio ofuscar rivais como o Myspace e o hi5? A resposta de Javier Olivan sai em jeito de profecia: “A missão da empresa é ligar todo o mundo”. “Criámos uma plataforma que é o mais simples possível para os utilizadores, que conseguem facilmente partilhar ficheiros e ver o que estão a fazer a cada momento todos os seus contactos”, explica.

As recentes mudanças na política de privacidade do Facebook originaram um coro de críticas em todo o mundo. Na semana passada os utilizadores começaram a ser confrontados com pedidos de alteração da sua política de privacidade. O Facebook alterou as contas dos perfis para ficarem acessíveis a toda a rede, por defeito, sendo necessário que todos aqueles que desejem permanecer apenas “visíveis” dentro do seu círculo de amigos o indiquem expressamente, mudando as definições.

Sobre esta matéria o responsável preferiu sublinhar a importância das novas ferramentas, que permitem ao utilizador controlar melhor aquilo que partilha e com quem partilha. “Pensando como um utilizador, para mim a privacidade significa controlo. Se eu posso controlar quem vê a minha informação, isso para mim é o mais importante”, indicou.

“Há utilizadores que querem ter tudo aberto e utilizadores que não querem ter nada aberto. E nós, o que tentamos fazer, é dar-lhes o controlo para fazerem o que quiserem. Quem tem a última palavra acerca da privacidade é o utilizador”, acrescentou ainda.

A médio e curto prazo a empresa tem planos para continuar a sua expansão internacional, sendo que hoje em dia mais de dois terços dos utilizadores do Facebook estão fora dos Estados Unidos. Uma aposta clara nas plataformas móveis parece ser a missão mais imediata da empresa californiana que no ano passado terá tido um lucro aproximado de 300 milhões de dólares (205 milhões de euros), esperando-se que este ano venha a atingir os 500 milhões de dólares (342 milhões de euros).

Notícia actualizada às 20h45