Muçulmano queixa-se do referendo suíço ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos

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"Somos muçulmanos, não somos Hitler", diz o cartaz neste protesto em Berna, na capital federal suíça Ruben Sprich/REUTERS

O resultado do referendo que proíbe tal construção infringe os direitos de liberdade de religião e de liberdade em relação à discriminação, violando os artigos 9, 13 e 14 da Convenção Europeia dos Direitos Humanos, disse Pierre de Preux, conselheiro legal de Ouardiri, que já foi porta-voz da Mesquita de Genebra.

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O resultado do referendo que proíbe tal construção infringe os direitos de liberdade de religião e de liberdade em relação à discriminação, violando os artigos 9, 13 e 14 da Convenção Europeia dos Direitos Humanos, disse Pierre de Preux, conselheiro legal de Ouardiri, que já foi porta-voz da Mesquita de Genebra.

Os suíços votaram por 57,5 por cento contra a proibição de minaretes, num referendo efectuado dia 29 de Novembro e seguido com muita atenção em toda a Europa.

Na Suíça, com um pouco mais de sete milhões de habitantes, vivem cerca de 300.000 muçulmanos, em grande parte da Bósnia, do Kosovo e da Turquia, o que leva a extrema-direita a falar de "islamização".

Ouardiri tem nacionalidade francesa e vive na Suíça há mais de 30 anos, segundo declarou o seu advogado.