Prisão preventiva para quatro membros de gang suspeito de aterrorizar jovens no Cacém

Os quatro indivíduos estão indiciados pelos crimes de roubo, sequestro, extorsão, ofensa à integridade física e detenção de arma proibida. Segundo a procuradoria-geral, o Ministério Público de Sintra decretou a prisão preventiva para os quatro jovens, com idades entre os 16 e os 20 anos, por se indiciar que, “em grupo com outros jovens, vêm desenvolvendo actos de grande violência contra pessoas e contra o património na zona do Cacém, mais especificamente junto da escola Matias Aires”.

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Os quatro indivíduos estão indiciados pelos crimes de roubo, sequestro, extorsão, ofensa à integridade física e detenção de arma proibida. Segundo a procuradoria-geral, o Ministério Público de Sintra decretou a prisão preventiva para os quatro jovens, com idades entre os 16 e os 20 anos, por se indiciar que, “em grupo com outros jovens, vêm desenvolvendo actos de grande violência contra pessoas e contra o património na zona do Cacém, mais especificamente junto da escola Matias Aires”.

Iniciado no início de Novembro, o inquérito é dirigido pela quarta secção do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Sintra, tendo contado com a colaboração da PSP e sido realizado pela Polícia Judiciária, que procedeu na passada quarta-feira à operação que levou às detenções.

Os quatro suspeitos estão detidos desde sexta-feira por despacho judicial do Tribunal de Instrução Criminal de Sintra. A PJ identificou ainda dois outros indivíduos, considerados inimputáveis por serem menores.

O Ministério Público do DIAP de Sintra já transmitiu o expediente ao Tribunal de Família e Menores da mesma Comarca para que seja aplicada a acção tutelar educativa relativamente aos membros do grupo com menos de 16 anos.

Segundo a PJ, os quatro jovens fazem parte de uma “estrutura mais alargada” de suspeitos, que tem vindo a actuar nos últimos meses, “aterrorizando” jovens, “sequestrando-os, esfaqueando-os, com requintes de malvadez e em várias partes do corpo, agredindo-os e sujeitando-os” a castigos vários, como queimaduras com cigarros e paus incandescentes.

Nos casos mais graves, os actos de tortura perduraram, segundo a mesma fonte, por “várias horas”, com as vítimas a serem mantidas em cativeiro, em local isolado, junto a um antigo ferro velho actualmente desactivado e abandonado junto a Agualva-Cacém. A PJ refere ainda que as vítimas eram “muitas vezes despojadas dos seus haveres” pessoais, embora este não fosse o “propósito principal” do gangue.

A actuação deste grupo estava a causar, refere a PJ, um “clima de justo medo na população escolar e nas suas famílias”.

As autoridades referem também que, até ao momento, conseguiram identificar 12 vítimas das acções do gangue, suspeitando no entanto que existam “muitas mais” que, face ao “terror e receio gerado pelas actuações” dos suspeitos, “não apresentaram, nem pretendem apresentar” qualquer tipo de queixa.