Vieira da Silva e Francisco Assis querem evitar erros do passado na regionalização

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Socialistas querem um debate sereno sobre a regionalização Fernando Veludo

Se o ministro da Economia, Vieira da Silva, afirmou há semanas numa entrevista que a regionalização não era prioritária, Assis até encontra um argumento para concordar. “É preciso um debate sereno com seriedade e não se pode fazer tudo à pressa”. “Não vamos criar as regiões amanhã”, afirmou. “É preciso evitar erros do passado”.

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Se o ministro da Economia, Vieira da Silva, afirmou há semanas numa entrevista que a regionalização não era prioritária, Assis até encontra um argumento para concordar. “É preciso um debate sereno com seriedade e não se pode fazer tudo à pressa”. “Não vamos criar as regiões amanhã”, afirmou. “É preciso evitar erros do passado”.

À tarde, antes da abertura das jornadas, Vieira da Silva, que se desmultiplicou em declarações sobre o próximo orçamento e a crise, evitou repetir que as regiões não eram prioritárias. Apesar de reconhecer que estão nos programas eleitoral e do Governo para esta legislatura. Mas deixou uma advertência: o processo só deve ser repetido “quando se reunirem condições bem diferentes que levaram à rejeição pública” na anterior consulta, há 11 anos.

Os socialistas só admitem realizar uma nova consulta popular sobre a regiões na base de um “consenso alargado”, ou seja um acordo com o PSD, e depois das presidenciais de 2011.

Como já dissera antes, Francisco Assis defendeu que o partido deve fazer um discurso diferente do de 1998. Evitando alimentar uma campanha de slogans ou ir “mais além” da discussão sobre a criação de uma “nova classe política intermédia” ou mais um estrutura de poder, entre o central e o local. O “debate sério” deve passar por discutir para quer servem, sem evitar a questão de saber quanto custa.