Obama compra prisão no Illinois para transferir detidos em Guantánamo
“O Presidente, com o nosso apoio unânime, deu ordem ao Governo federal para proceder à aquisição do estabelecimento de Thomson”, indica uma carta enviada hoje ao governador Patrick J. Quinn e assinada pela secretária de Estado Hillary Clinton, o secretário da Defesa Robert Gates e o responsável pela Justiça, Eric Holder. “O Presidente não tem intenção de libertar qualquer prisioneiro nos Estados Unidos”, refere igualmente.
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“O Presidente, com o nosso apoio unânime, deu ordem ao Governo federal para proceder à aquisição do estabelecimento de Thomson”, indica uma carta enviada hoje ao governador Patrick J. Quinn e assinada pela secretária de Estado Hillary Clinton, o secretário da Defesa Robert Gates e o responsável pela Justiça, Eric Holder. “O Presidente não tem intenção de libertar qualquer prisioneiro nos Estados Unidos”, refere igualmente.
A divulgação oficial da carta confirmou uma notícia avançada esta manhã pelo diário "The New York Times" (NYT). Citando fonte da administração, o jornal adiantava a localização do estabelecimento prisional e a intenção de para ali transferir “um número limitado” dos 210 suspeitos de terrorismo que, segundo Gates, se encontram na prisão de Guantánamo, cujo encerramento é promessa de Obama.
O Centro Correccional Thomson é uma prisão de alta segurança numa zona rural do Illinois, uns 240 quilómetros a noroeste de Chicago. O propósito de comprar o estabelecimento é “acolher presos federais e um número limitado de detidos” da prisão em Cuba.
“Fechar o centro de detenção em Guantánamo é essencial para protegermos a nossa segurança nacional e ajudar as nossas tropas através da remoção das mãos da Al-Qaeda de um instrumento letal de recrutamento”, foi explicado ao NYT.
O governador Quinn, tal como o senador Richard J. Durbin, ambos democratas, são apoiantes da transferência de presos para o Illinois, convictos de que tal criará postos de trabalho numa zona empobrecida do populoso estado do Midwest. Obama comprometeu-se a fechar a prisão de Guantánamo até um ano depois da sua tomada de posse, em Janeiro, mas tem vindo a debater-se com forte oposição — sobretudo dos republicanos.