Atentado suicida em Cabul causa oito mortos e 40 feridos

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Os atentados na capital afegã voltaram a multiplicar-se nos últimos meses Ahmad Masood/Reuters

Os atentados na capital afegã voltaram a multiplicar-se nos últimos meses com o crescendo da actividade rebelde no país, e registam agora um auge – só comparável ao que se assistia logo após a queda do regime dos taliban em finais de 2001 – numa altura em que se espera, ainda esta semana, a chegada ao terreno dos reforços de 30 mil soldados norte-americanos prometidos pelo Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

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Os atentados na capital afegã voltaram a multiplicar-se nos últimos meses com o crescendo da actividade rebelde no país, e registam agora um auge – só comparável ao que se assistia logo após a queda do regime dos taliban em finais de 2001 – numa altura em que se espera, ainda esta semana, a chegada ao terreno dos reforços de 30 mil soldados norte-americanos prometidos pelo Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

Entre os mortos contabilizados no ataque desta manhã junto à entrada do Hotel Heetal estão quatro mulheres e quatro homens, incluindo um dos guardas da unidade hoteleira, precisou o porta-voz do Ministério do Interior, Zemaray Bashary, confirmando que se tratou de “um atentado suicida”. A explosão deu-se no bairro de Wazir Akbar Khan, zona do centro de Cabul onde se situam várias embaixadas, escritórios de organizações não governamentais e onde residem muitos altos responsáveis do Governo e forças de segurança afegãs.

A capital afegã fora alvo de um outro ataque suicida há menos de dois meses, a 28 de Outubro, quando três bombistas se fizeram explodir numa casa de hóspedes usada pelas Nações Unidas. Morreram então sete pessoas tendo o atentado sido reivindicado pelos rebeldes taliban. E, há pouco mais de três semanas, foi lançado um rocket para junto do hotel de luxo Serena, bem no centro de Cabul, que provocou quatro feridos.

O ano de 2009 é já o mais sangrento – tanto no balanço de vítimas civis como no que se refere a mortos entre as forças de segurança do país e internacionais – desde o derrube do regime dos estudantes de Teologia. A situação parece vir a agravar-se apesar da presença de mais de 113 mil soldados das forças internacionais.