Vila do Conde quer reactivar estação aquícola com o Sea Life

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São necessários seis milhões de euros para reactivar a estação aquícola Paulo Pimenta

Fonte do grupo Merlin em Portugal explicou que a empresa tomou contacto com o projecto da autarquia quando precisou de utilizar as instalações da estação aquícola de Vila do Conde para o trânsito de alguns dos animais que habitam, há meio ano, os tanques instalados no edifício junto ao Parque da Cidade do Porto. Já a vereadora com os pelouros da Reabilitação Urbana, Fundos Comunitários e Gestão Urbanística de Vila do Conde, Sara Lobão, confirmou ao PÚBLICO que o grupo sedeado em Londres pode ser uma das entidades privadas a co-financiar a recuperação do espaço, ou, no mínimo, a contribuir para que o projecto seja olhado com mais interesse pelos gestores do Quadro de Referência Estratégico Nacional, pelo qual passará o financiamento de parte dos seis milhões de euros necessários para reactivar a estação.

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Fonte do grupo Merlin em Portugal explicou que a empresa tomou contacto com o projecto da autarquia quando precisou de utilizar as instalações da estação aquícola de Vila do Conde para o trânsito de alguns dos animais que habitam, há meio ano, os tanques instalados no edifício junto ao Parque da Cidade do Porto. Já a vereadora com os pelouros da Reabilitação Urbana, Fundos Comunitários e Gestão Urbanística de Vila do Conde, Sara Lobão, confirmou ao PÚBLICO que o grupo sedeado em Londres pode ser uma das entidades privadas a co-financiar a recuperação do espaço, ou, no mínimo, a contribuir para que o projecto seja olhado com mais interesse pelos gestores do Quadro de Referência Estratégico Nacional, pelo qual passará o financiamento de parte dos seis milhões de euros necessários para reactivar a estação.

Embora os responsáveis pelo Sea Life em Portugal assumam apenas o interesse num projecto do género, uma fonte envolvida no estabelecimento desta parceria dá como certa a concretização da mesma, avançando inclusive que ela deverá criar mais de duas dezenas de postos de trabalho qualificados, na área da biologia. E segundo a vereadora Sara Lobão, durante a elaboração do projecto-base houve troca de ideias com uma empresa inglesa que presta assessoria ao grupo Merlin para que, numa fase bem precoce, fosse adaptado parte do projecto à possibilidade dos donos do Sea Life utilizarem a estação.

Outras valências no parque

Se esta estação entrar na cadeia dos aquários Sea Life, os peixes ficarão em quarentena em Vila do Conde, antes de serem levados para as atracções aquáticas que o grupo tem espalhadas na Grã-Bretanha, Alemanha, França, Bélgica, Itália, Holanda e Dinamarca. Para isso serão construídos, no interior de um dos edifícios, tanques modernos que possibilitem a reprodução de várias espécies piscícolas. À autarquia agrada poder vir a contar com a experiência do grupo Merlin na componente didáctica do eco-fluviário e Sara Lobão afirma que o interesse do grupo Merlin se intensificou perante o "estudo-base" realizado pela câmara municipal para aqueles dois hectares a poucas centenas de metros do centro da cidade.

O eco-parque foi idealizado pelo director do Gabinete Técnico Local, arquitecto responsável por dezenas de intervenções autárquicas, algumas das quais premiadas, em edifícios e espaços históricos espalhados por Vila do Conde. No projecto de Maia Gomes, o edifício principal é usado para a instalação dos tanques, utilizando-se outras partes do edificado para instalar uma "incubadora de empresas" ligadas às tecnologias "limpas". Um dos imóveis poderá ainda ser transformado numa "eco-casa", centro de demonstração para empresas que produzem as soluções que a venham a equipar, assinalou Sara Lobão. No local, será ainda alojada uma "unidade de estudo científico", fruto de uma parceria entre a câmara e o CIIMAR - Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental da Universidade do Porto.