Empresas tuteladas pelas Obras Públicas já entregaram relatórios sobre o Face Oculta
Estes relatórios serão agora enviados para a Inspecção-Geral de Obras Públicas, Transportes e Comunicações (IGOPTC), que terá até dia 15 de Janeiro para analisá-los, de acordo com a mesma fonte.
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Estes relatórios serão agora enviados para a Inspecção-Geral de Obras Públicas, Transportes e Comunicações (IGOPTC), que terá até dia 15 de Janeiro para analisá-los, de acordo com a mesma fonte.
O ministro das Obras Públicas anunciou, no início de Novembro, que todas as empresas e organismos sob a sua tutela, como a Carris e a CP-Comboios de Portugal, teriam 30 dias para elaborar um relatório destinado a avaliar “o eventual envolvimento de funcionários ou titulares de altos cargos públicos no âmbito do processo Face Oculta” e identificar “as medidas a adoptar, designadamente de natureza disciplinar”.
O prazo terminou no dia 6 de Dezembro, mas a entrega dos relatórios no Ministério das Obras Públicas só foi concluída na segunda-feira, pelo que o dia de hoje assinala a “entrada oficial” destes documentos na IGOPTC, que terá 30 dias para analisá-los.
A análise destes relatórios ficará a cargo de um grupo de trabalho da IGOPTC, criado por decisão do ministro das Obras Públicas, tendo em vista o combate à corrupção.
Das empresas tuteladas pelo Ministério das Obras Públicas fazem parte, entre outras, a Estradas de Portugal, a Refer, a Portugal Telecom (PT) e a ANA-Aeroportos de Portugal.
Estão também sob a tutela do ministério de António Mendonça os institutos da Construção e do Imobiliário (InCI), de Infra-estruturas Rodoviárias (INIR) e Portuário e dos Transportes Marítimos (IPTM), entre outros.
O processo Face Oculta, com 18 arguidos, investiga alegados casos de corrupção e outros crimes económicos relacionados com empresas do sector empresarial do Estado e empresas privadas.