Santos Silva admite redução de tropas no Kosovo a partir do próximo Outono

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Ministro da Dfesa faz balanço positivo dos cerca de dois meses de missão já cumpridos Rui Gaudêncio

Falando durante uma visita às tropas portuguesas destacadas na capital do Kosovo, Pristina, Augusto Santos Silva notou que se está a iniciar “um processo de redução gradual” de tropas no âmbito da missão da ‘Kosovo Force’ (KFOR) e que Portugal vai “acompanhar esse processo”.

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Falando durante uma visita às tropas portuguesas destacadas na capital do Kosovo, Pristina, Augusto Santos Silva notou que se está a iniciar “um processo de redução gradual” de tropas no âmbito da missão da ‘Kosovo Force’ (KFOR) e que Portugal vai “acompanhar esse processo”.

“Na Primavera haverá decisões, o comandante da KFOR teve oportunidade de me descrever a forma como vê essa transição no sentido da redução, uma transição em três fases, no próximo Outono chegaremos à ‘fase dois’ da redução e aí, naturalmente colocar-se-á a questão”, declarou.

Santos Silva referiu que vai acompanhar as decisões da NATO e que irá actuar “segundo o bom princípio” de que todas as tropas “entram em conjunto e todas saem em conjunto”.

“O que é certo é que no próximo semestre teremos exactamente este nível de ocupação e a próxima rotação desta força, que ocorrerá na Primavera, será uma rotação que significará o mesmo nível de implicação que hoje nós temos”, acentuou, assinalando que “a paz, a estabilidade e a segurança na Europa” exigem “a estabilização da região dos Balcãs”.

Por seu lado, o tenente-coronel Lino Gonçalves, que comanda os 290 militares portugueses instalados em Pristina, faz um balanço positivo dos cerca de dois meses de missão já cumpridos e que a zona da capital vive um “momento calmo”.

“Eu irei fazer um balanço no final da missão, mas se ela correr como nos tem corrido até agora temos cumprido o que nos tem sido pedido de uma forma que avalio como boa”, disse.

Os militares portugueses são a reserva táctica do comandante da KFOR e podem actuar em todo o Kosovo.

“O nível de ameaça sobre as forças da KFOR é baixo”, afirmou o militar, que acrescentou que a sua equipa “mantém as competências sempre actualizadas através do intenso treino ministrado (pela KFOR e pelo comando português)” e de acções de vigilância e reconhecimento no terreno.