O cineasta austríaco Michael Haneke arrecadou, com o filme "Laço Branco" os prémios de melhor realizador, melhor filme e melhor argumento da Academia do Cinema Europeu, atribuídos sábado à noite em Bochum, na Alemanha.
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O cineasta austríaco Michael Haneke arrecadou, com o filme "Laço Branco" os prémios de melhor realizador, melhor filme e melhor argumento da Academia do Cinema Europeu, atribuídos sábado à noite em Bochum, na Alemanha.
Filmado a preto e branco, o filme, com estreia prevista para o início de Janeiro em Portugal, procura mergulhar nas origens do nazismo a partir da vivência de um grupo de crianças numa aldeia protestante do Norte da Alemanha, no período anterior à I Guerra Mundial.
O guião é a base de toda a boa história e por isso estou encantado", disse Haneke ao receber o prémio de argumento. Ao ser distinguido com os outros galardões agradeceu ao produtor, "por se atrever a fazer uma história tão difícil", e às crianças, que "são a alma do filme".
O filme de Haneke, 67 anos, austríaco apesar de nascido em Munique, já tinha ganho este ano a Palma de Ouro do Festival de Cannes e é candidato ao Óscar de melhor filme de língua não inglesa. Em 2005 tinha recebido o prémio de melhor filme europeu com Caché.
A distinção para o melhor actor foi para o francês Tahar Rahim, pelo seu papel de um jovem sem-abrigo analfabeto à mercê de um gang na prisão, em "Um Profeta". A britânica Kate Winslet foi premiada pela sua interpretação de uma mulher alemã com um secreto passado nazi que os telespectadores puderam ver em "Leitor" onde foi dirigida por Stephen Daldry, num papel que já lhe deu o Óscar na última edição dos prémios de Hollywood.
Como autor da melhor banda sonora foi distinguido o compositor espanhol Alberto Iglesias pelo seu trabalho em "Abraços Desfeitos", de Pedro Almodóvar, que também concorria ao prémio de realização. A actriz francesa Isabelle Huppert e o realizador britânico Ken Loach receberam prémios de carreira. O prémio do público foi para "Quem Quer Ser Bilionário"