Restos de Hitler queimados e lançados a rio alemão em 1970

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Os cadáveres haviam sido encontrados pelo Exército soviético no início de Maio de 1945, em Berlim DR

O general Vasily Khristoforov disse que documentos secretos mostram que Andropov, com o consentimento da liderança soviética, ordenou uma operação secreta para destruir os restos de Hitler, da sua mulher, Eva Braun, do chefe da propaganda nazi, Joseph Goebbels, e da família deste.

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O general Vasily Khristoforov disse que documentos secretos mostram que Andropov, com o consentimento da liderança soviética, ordenou uma operação secreta para destruir os restos de Hitler, da sua mulher, Eva Braun, do chefe da propaganda nazi, Joseph Goebbels, e da família deste.

A decisão foi, segundo Khristoforov, motivada pelos receios do KGB e da liderança comunista de que o lugar de enterro de Hitler pudesse tornar-se destino de romagem para fascistas. A operação, disse, foi executada a 4 de Abril de 1970 por agentes especiais em Magdeburgo, na Alemanha de Leste, onde os cadáveres haviam sido secretamente enterrados a 21 de Fevereiro de 1946. “Foram queimados nos arredores de Shoenebeck, a 11 quilómetros de Magdeburgo, até ficarem em cinzas, depois lançadas ao rio Biedritz”, referem os documentos, segundo Khristoforov.

Os cadáveres haviam sido encontrados pelo Exército soviético no início de Maio de 1945, em Berlim. Segundo os relatos históricos, a morte de Hitler resultou da combinação de suicício a tiro com envenenamento por cianeto a 30 de Abril, quando tropas de Moscovo entraram na cidade.

No início de Junho desse ano, terão sido enterrados numa floresta perto da cidade alemã de Rathenau e, oito meses mais tarde, secretamente sepultados de novo na guarnição soviética de Magdeburgo. A decisão de queimar e lançar as cinzas ao rio é de Março de 1970, antes da transferência das instalações para as autoridades leste-alemãs.

Khristoforov afirma que dos restos de Hitler só restaram os recolhidos em 1945, que se encontram na Rússia: o maxilar, nos arquivos do FSB, fragmentos do crânio, no Arquivo do Estado. A declaração choca com a tese de investigadores da Universidade de Connecticut, EUA, que, no início deste ano, depois de testes de ADN, afirmaram que o crânio não só não era do líder nazi como pertencia a uma mulher que não Eva Braun.