Países em desenvolvimento consideram ajudas climáticas da UE “insignificantes”
“Não é só insignificante como também alimenta ainda mais a desconfiança sobre as intenções dos líderes da União Europeia em relação às alterações climáticas”, disse o delegado sudanês Lumumba Stanislas Dia-Ping, cujo país preside o G77 (com 130 países membros).
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“Não é só insignificante como também alimenta ainda mais a desconfiança sobre as intenções dos líderes da União Europeia em relação às alterações climáticas”, disse o delegado sudanês Lumumba Stanislas Dia-Ping, cujo país preside o G77 (com 130 países membros).
Segundo o delegado sudanês, os fundos europeus para 2010, 2011 e 2012 anunciados hoje em Bruxelas não respondem à questão central do financiamento a longo prazo.
“Consideramos que os líderes europeus actuam como cépticos das alterações climáticas”, desafiou.
Já antes a China tinha mostrado o seu descontentamento. "O que se fala é do curto prazo e eu digo que isso não chega. Isso não é a chave", declarou o vice-ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, He Yafei. "É relativamente fácil para os países desenvolvidos apresentar números para o curto prazo, mas que faremos daqui a três anos?", questionou.
Nuno Lacasta, negociador nacional em Copenhaga, comentou hoje ao PÚBLICO que, com a sua proposta, a União Europeia não está a desconsiderar a importância de um financiamento a longo prazo. De facto, disse, este “não pode ser esquecido”.