Rui Rio destaca D. Manuel Clemente pela sua "postura humanística de defesa do diálogo e da tolerância"

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Para o autarca, é importante que o bispo do Porto tenha as atenções concentradas em si Miguel Madeira

"Fico contente que uma personalidade da craveira dele tenha, a partir de agora ainda mais as atenções concentradas nele, porque vale a pena ouvir o que ele diz", frisou Rui Rio, em declarações aos jornalistas à margem da inauguração do Palácio das Artes.

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"Fico contente que uma personalidade da craveira dele tenha, a partir de agora ainda mais as atenções concentradas nele, porque vale a pena ouvir o que ele diz", frisou Rui Rio, em declarações aos jornalistas à margem da inauguração do Palácio das Artes.

Para o autarca, é importante que o bispo do Porto tenha as atenções concentradas em si porque "é um homem como uma cultura e sabedoria tal, que quando fala, devemos ouvi-lo".

"Enquanto presidente da câmara do Porto fico muito contente por o prémio ter sido atribuído ao bispo do Porto. Mas, como português, se calhar ainda fico mais contente, porque o facto de D. Manuel Clemente ter ganho este prémio concentra mais atenções nele", observou Rui Rio.

O bispo do Porto D. Manuel Clemente, 61 anos, venceu o Prémio Pessoa 2009, anunciou hoje o júri.

"Em tempos difíceis como os que vivemos actualmente, D. Manuel Clemente é uma referência ética para a sociedade portuguesa no seu todo", escreve o júri na justificação da atribuição do prémio ao bispo do Porto.

"A sua intervenção cívica tem-se destacado por uma postura humanística de defesa do diálogo e da tolerância, do combate à exclusão e da intervenção social da Igreja", pode ainda ler-se na justificação.

Promovido pelo jornal "Expresso", com o patrocínio da Caixa Geral de Depósitos, o prémio, no valor de 60 mil euros, pretende "reconhecer a actividade de pessoas portuguesas com papel significativo na vida cultural e científica do país".

Esta é a primeira vez que este prémio, que tem 22 anos, é atribuído a uma pessoa da Igreja Católica.

Entre os distinguidos dos anos anteriores encontram-se o historiador José Mattoso (vencedor da primeira edição, em 1987), a pianista Maria João Pires (1989), o escritor José Cardoso Pires (1997), o arquitecto Souto Moura (1998), o investigador Sobrinho Simões (2002) e o constitucionalista Gomes Canotilho (2003). No ano passado, o prémio foi entregue ao arquitecto Carrilho da Graça.

O júri é presidido por Francisco Pinto Balsemão, líder do Conselho de Administração da empresa proprietária do "Expresso", e tem como vice-presidente o presidente da Caixa Geral de Depósitos, Faria de Oliveira.