Campanha online pede Nobel da Paz para a Internet

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Os organizadores desta petição entendem que o contacto entre pessoas, o diálogo, o debate e a comunicação sempre foram o "antídoto mais eficaz" para evitar o ódio e o conflito Reuters/Stringer

Riccardo Luna, redactor-chefe da edição italiana da revista “Wired”, foi o propulsor da ideia que teve nas eleições do Irão a sua inspiração, quando milhares de iranianos se manifestaram, em Junho último, contra a vitória de Ahmadinejad através de blogues e da rede de “microblogging” Twitter.

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Riccardo Luna, redactor-chefe da edição italiana da revista “Wired”, foi o propulsor da ideia que teve nas eleições do Irão a sua inspiração, quando milhares de iranianos se manifestaram, em Junho último, contra a vitória de Ahmadinejad através de blogues e da rede de “microblogging” Twitter.

“Finalmente demo-nos conta que a Internet é muito mais de uma rede de computadores. É uma interminável rede de pessoas. Homens e mulheres de qualquer ponto do Globo estão ligados uns aos outros, graças à maior rede social que conheceu a Humanidade”, reza o manifesto.

Os organizadores desta petição entendem que o contacto entre pessoas, o diálogo, o debate e a comunicação sempre foram o “antídoto mais eficaz” para evitar o ódio e o conflito, pelo que a Internet é uma “ferramenta de paz”. “E é por isso que o próximo prémio Nobel da Paz deve ir para a Rede. Um Nobel para cada um de nós”, indica ainda o manifesto.

Num vídeo de defesa pela causa, uma das primeiras signatárias e prémio Nobel da Paz Shirin Ebadi defende o valor da Internet. “Pergunto-me se aquele caudal de informação - cerca de 220 mil ‘tweets’ por hora - teria sido possível sem Internet”, argumenta a iraniana, referindo-se às manifestações de Junho em Teerão.

Até ao momento mais de 2400 pessoas e empresas, nomeadamente a Sony Ericsson, Microsoft, Vodafone e Citroen, já subscreveram a campanha Internet for Peace.

Desde 1901 que o prémio Nobel da Paz já foi concedido a 20 organizações.