Número de novos casos de gripe A diminuiu na última semana

Naquela semana, foram observados nos serviços de saúde 20 506 doentes com sintomas de gripe (menos 6669 do que na semana anterior), independentemente da confirmação laboratorial dos vírus em causa.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Naquela semana, foram observados nos serviços de saúde 20 506 doentes com sintomas de gripe (menos 6669 do que na semana anterior), independentemente da confirmação laboratorial dos vírus em causa.

No que se refere aos focos de gripe nas escolas, foi registada uma descida, passando de 110 para 94 clusters, adianta o boletim semanal do Ministério da Saúde.

Naquele período, estiveram internados 127 doentes, dos quais 20 em Unidades de Cuidados Intensivos, e foram registadas nove mortes, sendo o total acumulado até domingo de 32 óbitos.

Cinco das pessoas infectadas que morreram não apresentavam factores de risco, segundo a tabela de óbitos da Direcção-Geral da Saúde.

“A distribuição da gripe estendeu-se a quase todo o território do continente, mantendo-se, no entanto, heterogénea”, refere o MS, acrescentando que “a actividade gripal continua predominantemente centrada em ambiente escolar, tal como nas semanas antecedentes”.

Na mesma semana, foram notificadas à Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) 16 suspeitas de reacções adversas à vacina contra a gripe A, das quais oito foram classificadas como graves (de acordo com a nomenclatura usada no sistema europeu de farmacovigilância).

“Em relação à semana anterior ocorreu uma redução do número de notificações de suspeitas de reacções adversas, bem como uma redução das consideradas graves”, sublinha o Infarmed no boletim informativo sobre as reacções adversas à vacina.

Desde o início da campanha de vacinação (26 de Outubro), o Infarmed recebeu 79 notificações de reacções adversas.

A maior parte dos casos notificados refere-se a pessoas nos grupos etários dos 31 aos 40 anos.

“As suspeitas de reacções adversas mais frequentemente reportadas foram dores musculares e articulares, febre e sintomas febris. Estas reacções não são graves do ponto de vista clínico e são, em geral, auto-limitadas”, refere o Infarmed.

Durante a semana anterior não foi recebida qualquer reacção com maior grau de gravidade (morte, risco de vida, anomalias congénitas e hospitalização).

O Ministério da Saúde reitera que a Gripe A é uma doença benigna que se trata, na maioria dos casos, com antipiréticos e com a permanência em casa.

“É importante que cada um faça a vigilância da evolução da febre e de outros sinais e sintomas, nomeadamente da dificuldade respiratória. Em caso de preocupação ou alteração dos sintomas ligue para o seu centro de saúde, para o médico assistente ou para a Linha de Saúde 24 (808 24 24 24)”, aconselha o MS.

O Ministério da Saúde apela ainda à vacinação dos grupos de risco.