Recusa de proposta de endividamento de 129 milhões para regiões "não faz sentido", diz Governo da Madeira

Ventura Garcês, à margem da reunião semanal do conselho do executivo madeirense, reagia à noticia de que os 126 deputados que compõem os grupos parlamentares socialista, bloquista e comunista na Assembleia da República vão votar negativamente, sexta-feira, a proposta de alteração apresentada pelo PSD.

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Ventura Garcês, à margem da reunião semanal do conselho do executivo madeirense, reagia à noticia de que os 126 deputados que compõem os grupos parlamentares socialista, bloquista e comunista na Assembleia da República vão votar negativamente, sexta-feira, a proposta de alteração apresentada pelo PSD.

"Amanhã é o dia de votação, a final será dada amanhã e espero que os senhores deputados com responsabilidade na Assembleia da República ponderem muito bem o que se irá fazer a uma região integrada no país", disse.

Considerou que "o pedido foi bem expresso atendendo à situação económica e financeira que se vive no contexto nacional regional e internacional".

Para Ventura Garcês, "não faz sentido que se permita o acréscimo de 4 900 milhões de euros para Orçamento Estado e a Região Autónoma da Madeira não seja contemplada com uma fatia irrisória de 129 milhões, o que acarreta grandes dificuldades para a região e fornecedores da Madeira".

Adiantou que a concretizar-se a rejeição da proposta, o governo da Madeira terá de dilatar os prazos de pagamento aos fornecedores, "o que é mau para as empresas da região que vão ficar a aguardar esses pagamentos".

Garantiu que os vencimentos dos funcionários públicos da administração pública regional "estão todos salvaguardados".

Argumentou que "a norma do endividamento é que empréstimo se destine a investimentos ou a amortizar dívida, neste caso concreto é para fazer pagamento a fornecedores que contribuíram para o investimento da Madeira".