PS pode já ter escolhido parceiro para governar, diz Jerónimo

Com esta dramatização que existe na situação política, com o governo a ameaçar, a chantagear e a fazer-se de vítima, pode haver aqui um indício claro de que o Partido Socialista já escolheu parceiro (de governo), nesta e noutras matérias. Veremos se estou enganado”, disse Jerónimo de Sousa.

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Com esta dramatização que existe na situação política, com o governo a ameaçar, a chantagear e a fazer-se de vítima, pode haver aqui um indício claro de que o Partido Socialista já escolheu parceiro (de governo), nesta e noutras matérias. Veremos se estou enganado”, disse Jerónimo de Sousa.

“Seria uma demonstração clara de que, para o CDS-PP, mais vale parecer do que ser”, disse Jerónimo de Sousa, instado a comentar a noticia avançada hoje pelo jornal Público, que dava praticamente como certa a abstenção dos populares nos diplomas da oposição sobre enriquecimento ilícito, posição que inviabiliza a aprovação dos projectos de lei do BE e do PCP.

O dirigente comunista, que falava à Lusa após um almoço com cerca de sessenta elementos das Organizações Representativas dos Trabalhadores (ORT) do concelho do Barreiro, começou por salientar a importância das propostas de criminalização do enriquecimento ilícito para um verdadeiro combate ao fenómeno da corrupção.

“Esta posição de voto (do CDS-PP) significa a recusa de uma medida em que, claramente, não se trata de perseguir quem tem bens, quem tem património, quem tem um enriquecimento que, por qualquer razão, seja legal”, disse.

“O problema é o enriquecimento ilícito, que é fonte de corrupção, de favoritismo, de privilégios inaceitáveis. Nesse sentido a necessidade de criminalização do enriquecimento ilícito pode baquear por essa posição do CDS-PP”, admitiu o líder comunista.