Platini prefere mais olhos do que novas tecnologias na arbitragem

“Estou a fazer o meu melhor para colocar mais olhos a ajuizar o jogo”, sublinhou Platini à Agência Lusa, em referência às novas medidas da UEFA, como a colocação de mais dois árbitros, atrás das balizas, nos jogos da Liga Europa.

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“Estou a fazer o meu melhor para colocar mais olhos a ajuizar o jogo”, sublinhou Platini à Agência Lusa, em referência às novas medidas da UEFA, como a colocação de mais dois árbitros, atrás das balizas, nos jogos da Liga Europa.

Sobre as suas alegadas ideias conservadoras, Michel Platini lembrou que foi graças a ele que se procederam a algumas alterações nas regras de jogo, como punir com cartão vermelho directo as faltas do penúltimo defensor ou proibir que os guarda-redes agarrem com as mãos as bolas atrasadas com o pé pelos colegas de equipa. “Não sou conservador. As pessoas que colocam essas questões é que mostram ser conservadoras. Quem paga 20 câmaras de televisão em todos os jogos? Prefiro canalizar esse dinheiro para os jovens jogarem futebol”, defendeu o presidente da UEFA.

Para Platini, que insistiu que a arbitragem nestes moldes “está morta”, a solução não passa pelas novas tecnologias, mas pela colocação de mais juízes ao serviço do árbitro principal. “Esta arbitragem está morta. Temos feito vários testes para melhorar o trabalho dos árbitros. Em certas partes do campo, o árbitro nunca consegue ver o que acontece. A solução passa por colocar em campo mais árbitros para ajudarem a tomar decisões mais correctas”, defendeu.

A especificidade do jogo de futebol, em contraponto com outras modalidades, desaconselha, segundo Platini, a introdução das chamadas novas tecnologias. “Temos de saber o que acontece no momento, não podemos parar o jogo. No ténis pára o jogo, no râguebi pára o jogo, no futebol os lances têm de continuar. Se há um contra-ataque não podemos parar o jogo”, concluiu.