Jogo contra a Pobreza de Zidane e Ronaldo vai ser na Luz

Foto
Zidane e Ronaldo vão defrontar o Benfica All-Stars na Luz Pedro Cunha (Arquivo)

O brasileiro Ronaldo, avançado do Corinthians, e Zinédine Zidane, ex-capitão da selecção francesa, vão subir ao relvado do Estádio da Luz para defrontarem a equipa do Benfica All-Stars composta por jogadores do actual plantel profissional e antigos futebolistas que “mantêm fortes ligações ao clube e com os adeptos”, adiantou a mesma fonte.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O brasileiro Ronaldo, avançado do Corinthians, e Zinédine Zidane, ex-capitão da selecção francesa, vão subir ao relvado do Estádio da Luz para defrontarem a equipa do Benfica All-Stars composta por jogadores do actual plantel profissional e antigos futebolistas que “mantêm fortes ligações ao clube e com os adeptos”, adiantou a mesma fonte.

Esta será a primeira vez que as Nações Unidas se associam directamente a um clube de futebol para a realização do Jogo Contra a Pobreza, esclareceu.

A iniciativa para a realização do jogo partiu da Fundação Benfica, que há cerca de três meses endereçou convites nesse sentido ao PNUD e a Ronaldo e Zidane, embaixadores da Boa Vontade da organização, para que a 7.ª edição do Jogo Contra a Pobreza decorresse no Estádio da Luz. O convite foi aceite e formalizado há poucos dias, disse.

O jogo, que se realiza no âmbito da iniciativa da ONU designada Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), vai colocar pela primeira vez na mesma equipa de futebol Ronaldo e Zidane, ambos embaixadores de Boa Vontade do PNUD. No anterior formato da iniciativa, brasileiro e francês jogavam um contra o outro, liderando as respectivas equipas.

A redução da pobreza extrema e das taxas de mortalidade infantil e o combate a doenças como a SIDA integram o conjunto de oito medidas inscritas nos objectivos de desenvolvimento do milénio, subscritas por 192 Estados-membros da ONU e 23 organizações internacionais, havendo o compromisso de as concretizar até 2015.

Num comunicado distribuído hoje em Genebra pela ONU e a que a agência Lusa teve acesso, o presidente “encarnado” e da Fundação Benfica, Luis Filipe Vieira, afirma que “o clube está feliz por se associar ao PNUD na organização do evento”. “O futebol é uma óptima maneira de reunir as pessoas para uma boa causa e o Benfica é muito mais do que um clube de futebol e quer assumir uma componente social de grande dimensão através da sua Fundação”, disse Vieira.

Já a administradora do PNUD, Helen Clark, afirmou que o jogo do Estádio da Luz, apoiado pela FIFA, assume uma importância especial, ao realizar-se cinco anos antes do prazo definido para se atingirem aqueles objectivos. “Os ODM são metas extremamente importantes. A sua concretização significará uma grande melhoria para a vida das pessoas”, disse, adiantando: “Para os alcançar exigem-se fortes parcerias, recursos dedicados, firme liderança política e uma estratégia de longo prazo para garantir que a forma como nos desenvolvemos e crescemos é sustentável, em todos os sentidos”.

Para Ronaldo, “ninguém pode ser espectador na luta para acabar com a pobreza”, considerando no documento, tal como Zinédine Zidane, que “só através do trabalho conjunto na mesma equipa, do empenhamento e força de vontade se conseguirão marcar os oito golos” para alcançar os objectivos de desenvolvimento do milénio.

Metade da receita do jogo irá para a Fundação Benfica e destina-se a projectos de desenvolvimento social na África Lusófona, enquanto a restante será gerida pelo PNUD em favor de projectos de desenvolvimento. As verbas angariadas nos anteriores seis jogos beneficiaram iniciativas contra a pobreza que foram desde apoios que abrangeram empreendedores do sexo feminino à construção de centros desportivos para crianças de rua e grupos desfavorecidos. Os fundos apoiaram projectos na Ásia, África e América Latina.

O preço dos bilhetes será de 10 euros e a venda inicia-se no próximo dia 21.