Cat Power quer gravar sozinha o próximo álbum (ou talvez não...)
Ainda não sabemos quando sairá, mas antecipa-se que será diferente. Falamos do novo álbum de Chan Marshall, a senhora que assina como Cat Power, e daquilo que ela revelou sobre ele ao diário australiano "Courier Mail".
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Ainda não sabemos quando sairá, mas antecipa-se que será diferente. Falamos do novo álbum de Chan Marshall, a senhora que assina como Cat Power, e daquilo que ela revelou sobre ele ao diário australiano "Courier Mail".
Entrevistada antes da digressão que a levará a Brisbane no final deste ano, Marshall revelou que o seu próximo álbum será um regresso ao passado. Nada de banda, apenas ela, a sua voz, a guitarra e o piano. Citemos-lhe o tom confessional: "Estou num ponto em que o coração me diz 'Chan, não tocas piano ou guitarra há quatro ou cinco anos', e sinto alguma culpa em relação a isso. As pessoas perguntam-me: 'Quando voltarás a tocar sozinha?' Tenho problemas com a culpa e esta estranha ansiedade".
Claro que é possível nada disto acontecer. Na entrevista, Marshall confessa dever à banda que a acompanhou nos últimos anos, a Dirty Delta Blues Band (formada por Judah Bauer, da Blues Explosion, Jim White, dos Dirty Three, ou Gregg Foreman, ex-Delta 72), ter ganho a estabilidade necessária para enfrentar o palco sem angústia. E, por isso, questiona se não deveria trabalhar com o grupo as canções que compôs nos últimos tempos.
Se pensarmos nos seus álbuns mais despidos e intensos, como "Myra Lee", dir-lhe-emos que avance sozinha. Se repararmos noutra declaração retirada da entrevista australiana, ficamos na dúvida (pelo bem dela, só pelo bem dela): "Planeava editar outro álbum em vez de 'Jukebox'. Não voltei a essas canções e continuei a compor mais e mais", explica. Depois, num gesto tipicamente Cat Power, prossegue: "Estou entusiasmada. Estou também assustada, porque algumas das canções são tristes novamente e isso deixa-me muito nervosa".
Não há data de edição, não há ainda um plano. Cat Power trabalha num novo álbum e planeia gravá-lo sozinha. Está entusiasmada e assustada. Aguardemos.