Exibição de luxo do FC Porto contra um Atlético de Madrid pobrezinho

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Falcao comemora o seu golo Vincent West /Reuters

Dificilmente o mais optimista dos adeptos portistas poderia pedir mais do jogo no Vicente Calderón. O FC Porto entrou praticamente a ganhar no jogo, a mostrar um futebol seguro e defrontou uma equipa que mostrou uma enorme falta de ideias para chegar à baliza de Helton. Nem mesmo a surpresa reservada por Jesualdo Ferreira ao apostar em Valeri para o meio-campo em detrimento de Bellushi diminuiu a dinâmica do futebol da equipa. O argentino, de resto, que raramente tem jogado, mostrou-se esclarecido e com capacidade para dar imaginação ao futebol da equipa. E os golos surgiram naturalmente, o último deles com o selo de Hulk, num remate potente, depois de tirar o mesmo adversário duas vezes do caminho.

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Dificilmente o mais optimista dos adeptos portistas poderia pedir mais do jogo no Vicente Calderón. O FC Porto entrou praticamente a ganhar no jogo, a mostrar um futebol seguro e defrontou uma equipa que mostrou uma enorme falta de ideias para chegar à baliza de Helton. Nem mesmo a surpresa reservada por Jesualdo Ferreira ao apostar em Valeri para o meio-campo em detrimento de Bellushi diminuiu a dinâmica do futebol da equipa. O argentino, de resto, que raramente tem jogado, mostrou-se esclarecido e com capacidade para dar imaginação ao futebol da equipa. E os golos surgiram naturalmente, o último deles com o selo de Hulk, num remate potente, depois de tirar o mesmo adversário duas vezes do caminho.

Quique Flores pode queixar-se de ter uma defesa que não mostra capacidades para disputar uma prova como a Liga dos Campeões. O primeiro sinal de que é por causa desse sector que o Atlético ocupa a 13.ª posição na Liga espanhola viu-se logo nos primeiros minutos da partida. Num canto de Raul Meireles, aos 2’, Bruno Alves elevou-se e cabeceou para o fundo da baliza. O central Juanito limitou-se a ver em grande plano o portista a inaugurar o marcador.

A ganhar tudo se tornou muito mais fácil para a formação portuguesa em claro crescendo de rendimento. O segundo golo surgiu muito naturalmente: remate de Fucile, Asenjo, muito mal, defendeu para a frente e ofereceu o golo a Falcao. O colombiano limitou-se a empurrar para o fundo da baliza, mas é isto que se pede a um ponta-de-lança.

Em menos de 15’, a equipa espanhola estava a viver um pesadelo e incapaz de inverter o rumo do jogo. Forlán foi dos poucos a tentá-lo, juntamente com Maxi Rodríguez. Muitos remates de fora da área. Mas quase todos ao lado ou para as mãos de Helton. O grande momento dos espanhóis aconteceu aos 23’, quando Aguero rematou de bicicleta e fez a bola passar junto ao poste da baliza do guarda-redes brasileiro. O argentino acabou mesmo por ficar de fora ao intervalo, cedendo o lugar a Jurado.

À falta de melhores explicações os adeptos da equipa da casa iam culpando o árbitro que parece ter decidido bem em dois lances complicados na área portista. Na segunda parte, o Atlético ainda tentou reagir. Mas a equipa está longe de apresentar um bom futebol ou mesmo alguma eficácia. Jesualdo Ferreira fez entrar Guarín para o lugar de Valeri, o que deu novamente consistência ao meio campo. E seguiu-se o golpe fatal. Por Hulk. O brasileiro arrancou uma bomba que só parou no fundo da baliza de Asenjo. O jogo acabou aqui.

POSITIVOBruno Alves

O defesa-central do FC Porto e da selecção nacional parece ter o dom de surgir em momentos decisivos e tornar fácil aquilo que se afigura complicado. Bruno Alves voltou a mostrar a sua habitual segurança defensiva e foi ao ataque marcar o golo que abriu o caminho para a vitória.


Forlán

Foi o único jogador que verdadeiramente alimentou as esperanças da equipa espanhola chegar ao golo. Mas como uma andorinha não faz a Primavera... um jogador também não consegue dar brilho a uma equipa sem rumo.


NEGATIVOJuanito e Asenjo

O primeiro ficou de mãos nos bolsos a ver jogar, enquanto o defesa-central Bruno Alves se elevava e cabeceava para o fundo da baliza, abrindo o marcador e criando facilidades inesperadas para os portistas. O segundo esteve mal ao não segurar o remate de Fucile. Pior. Colocou a bola nos pés de Falcao, que não teve dificuldades em fazer o segundo golo do FC Porto.


Ficha de jogo

Jogo no Estádio Vicente Calderón, em Madrid.


Assistência 24.603 espectadores


Atl. Madrid

Sergio Asenjo 4, Valera 5 (Antonio Lopez 5, 46’), Juanito 4, Perea 5, Álvaro Dominguez 5, Maxi Rodriguez 6 (Reyes 5, 68’), Paulo Assunção 5, Cléber Santana 5, Simão 5, Aguero 5 (Jurado 5, 48’) e Forlán 7.

Treinador

Quique Flores.

FC Porto

Helton 6, Fucile 7, Maicon 6 (Sapunaru 6, 59’), Bruno Alves 7, Álvaro Pereira 6, Valeri 6 (Guarín 6, 62’), Fernando 6, Raul Meireles 6, Cristian Rodriguez 6, Hulk 7 e Falcao 6 (Varela 6, 70’).

Treinador

Jesualdo Ferreira.

Árbitro

Stéphane Lannoy 6, da França.

Amarelos Simão (43’), Aguero (44’), Guarín (72’) e Juanito (88’).

Golos 0-1, por Bruno Alves, aos 2’; 0-2, por Falcao, aos 14’; 0-3, por Hulk, aos 76’.

Notícia actualizada às 23h44