Fórum Nuclear espanhol distribui folhetos pró-nuclear a quem parte para Copenhaga

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Central Nuclear de asco, Tarragona, onde em 2008 uma falha de segurança provocou uma fuga radioactiva Albert Gea/Reuters

Sob o lema “A tua energia pode melhorar o planeta: as centrais nucleares não emitem CO2”, os sacos são entregues aos passageiros que partem em voos da capital espanhola.

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Sob o lema “A tua energia pode melhorar o planeta: as centrais nucleares não emitem CO2”, os sacos são entregues aos passageiros que partem em voos da capital espanhola.

O Fórum Nuclear quer aproveitar a conferência sobre alterações climáticas que hoje arrancou na Dinamarca para renovar o debate sobre a energia nuclear como uma alternativa para a produção de electricidade, defendendo que a energia produzida nas centrais não prejudica o meio ambiente.

Por isso, os kits informativos referem que as centrais nucleares “são parte da solução” e que “não emitem gases nem partículas contaminantes para a atmosfera”.

“O nuclear é a única fonte capaz de produzir grandes quantidades de electricidade sem contaminar a atmosfera”, refere o Fórum, em comunicado.

“Os oito reactores nucleares que funcionam em Espanha evitam a emissão anual de 40 milhões de toneladas de CO2, equivalentes às emissões de mais de metade do parque automóvel espanhol”, sublinha o mesmo texto.

O debate sobre a energia nuclear em Espanha tem-se intensificado apesar de o Governo insistir que quer apostar noutras alternativas renováveis em vez de construir novas centrais ou alargar mais a vida das actuais.

Delegações de 192 países estão reunidas até 18 de Dezembro em Copenhaga naquele que é já considerado o maior encontro de sempre sobre o clima. O objectivo é chegar a um consenso em relação a um texto para um acordo legalmente vinculativo que concretize os objectivos necessários para assegurar que o aquecimento global não será superior a dois graus centígrados em relação à era pré-industrial.

Está confirmada a presença de mais de cem chefes de Estado e de Governo na conferência de Copenhaga, convocada pela ONU, a que também assistirão cerca de 15 mil delegados e o próprio secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon. O primeiro-ministro português, José Sócrates, participará na cimeira.