Amanda Knox condenada a 26 anos de prisão pela morte de colega britânica
A setença foi anunciada depois de o júri do caso ter deliberado várias horas sobre o caso. A procuradoria tinha pedido prisão perpétua para Knox, acusada de ter organizado a morte de Kercher. A defesa alegava que as provas reunidas contra a norte-americana, de 22 anos, eram circunstanciais e pedia que fosse ilibada.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A setença foi anunciada depois de o júri do caso ter deliberado várias horas sobre o caso. A procuradoria tinha pedido prisão perpétua para Knox, acusada de ter organizado a morte de Kercher. A defesa alegava que as provas reunidas contra a norte-americana, de 22 anos, eram circunstanciais e pedia que fosse ilibada.
Nas alegações finais advogado, o advogado Luciano Ghirga atacou a acusação por esta não apresentar um motivo: "Primeiro seria a recusa [de Meredith Kercher] em participar numa orgia sexual, depois era um motivo económico", declarou.
O outro advogado de defesa, Carlo dalla Vedova, afirmou que havia "mais dúvidas do que certezas" no caso. "Se tiverem o mínimo de dúvidas, devem absolver esta jovem rapariga", disse o advogado aos seis membros do júri, citado no diário britânico The Times. "Uma rapariga que só tem 22 anos."
Dalla Vedova focou-se no que a acusação apresenta como a prova fundamental do caso, uma faca encontrada no apartamento de Sollecito com ADN tanto de Knox como da vítima, que nunca tinha estado naquele apartamento.
Mas a defesa diz que a faca não foi a arma do crime, já que não corresponde à ferida fatal no pescoço de Kercher, e alega ainda que o ADN presente não era suficiente para uma certeza conclusiva da sua proveniência. Além disso, a defesa alega que se Knox tivesse matado Kercher, o seu ADN estaria noutros locais no quarto da vítima, o que não aconteceu.
Knox e Sollecito dizem estar inocentes. Os dois foram detidos pouco depois de Meredith Kercher ter sido encontrada morta, há mais de dois anos. Outro acusado no âmbito deste crime, Rudy Guede, foi condenado num processo separado a 30 anos de prisão pela morte e ataque sexual a Kercher.