Portugueses exigem afastamento de cônsul honorário em Munique
Na Baviera, um dos 16 Estados federados da Alemanha, vivem actualmente cerca dois mil portugueses, cujo acompanhamento consular, no entanto, é da responsabilidade doo Consulado-geral de Estugarda, que fica a cerca de 200 quilómetros de distância.
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Na Baviera, um dos 16 Estados federados da Alemanha, vivem actualmente cerca dois mil portugueses, cujo acompanhamento consular, no entanto, é da responsabilidade doo Consulado-geral de Estugarda, que fica a cerca de 200 quilómetros de distância.
“O estatuto e a credibilidade inerente ao posto que ocupa, oferecida ao senhor Juergen Adolff por Portugal e pelos portugueses, tem-lhe permitido uma aproveitamento pessoal nas actividades comerciais que exerce, nomeadamente no sector imobiliário”, afirma-se no abaixo-assinado.
Os subscritores afirmam ainda que, em contrapartida à confiança nele depositada, é exigido ao Cônsul honorário que apoie e proteja os cidadãos portugueses que a ele recorram, mas “infelizmente não é assim”, garantem.
“Não é possível apontar ao senhor Juergen Adolff qualquer gesto em prol de Portugal ou dos portugueses”, excepção feita à cedência do espaço para um funcionário consular vindo de Estugarda atender os portugueses em Munique, uma vez por mês”, afirmam ainda.
No abaixo-assinado contesta-se também o facto de o cargo de cônsul honorário em Munique ser exercido por um alemão há 15 anos, “apesar de residirem no Estado da Baviera vários portugueses com intervenção reconhecida ao mais alto nível nas esferas política, económica, académica e cultural” disponíveis para desempenhar as mesmas funções.
O abaixo-assinado foi entretanto enviado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, à Secretaria de Estado das Comunidades e ao Embaixador de Portugal na Alemanha, José Caetano da Costa Pereira.
A Lusa contactou telefonicamente Juergen Adolff, que se escusou, no entanto, a comentar a situação em que é directamente visado.
Por sua vez, fonte da embaixada de Portugal em Berlim afirmou que o assunto está a ser tratado por Lisboa.
Contactada também pela Lusa, fonte do gabinete do secretário de Estado das Comunidades, António Braga, afirmou que o gabinete ainda "não tem conhecimento do abaixo-assinado", pelo que não se pronuncia.