José Sócrates: Tratado de Lisboa é "um novo começo" no processo de integração europeia
"Este dia é o dia do Tratado de Lisboa. É também um novo começo", defendeu José Sócrates, numa intervenção na cerimónia que assinalou a entrada em vigor do Tratado de Lisboa, assinado na capital portuguesa a 13 de Dezembro de 2007.
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"Este dia é o dia do Tratado de Lisboa. É também um novo começo", defendeu José Sócrates, numa intervenção na cerimónia que assinalou a entrada em vigor do Tratado de Lisboa, assinado na capital portuguesa a 13 de Dezembro de 2007.
Classificando o dia 1 de Dezembro como mais uma das datas fundamentais do projecto europeu, José Sócrates começou por recordar brevemente "a história de sucessos" do processo de integração europeia, em que cada tratado "é sempre a oportunidade para um novo começo" e para reforçar laços e afirmar "a vontade comum de prosseguirmos com o projecto europeu".
Contudo, grande parte da sua intervenção de duas páginas foi virada para o futuro da União Europeia, agora dotada de um novo quadro institucional, "mais forte e mais apto para decidir".
"Um novo começo com o reforço das regras de transparência, de controlo democrático e de eficácia na tomada de decisões", sustentou.
Reconhecendo que com "o novo começo" do processo de integração europeia que tem início com a entrada em vigor do Tratado de Lisboa os 27 poderão agora centrar-se naquilo que faz a diferença, ou seja, os direitos e deveres dos cidadãos e o conteúdo das políticas, José Sócrates traçou algumas das linhas de actuação que deverão ser seguidas.
Assim, defendeu, este é também um novo começo para "uma regulação mais justa da globalização e para a afirmação da sensibilidade europeia".
"Um novo começo, enfim, para uma Europa mais forte na afirmação dos valores europeus", sublinhou.
Já no final do seu discurso, José Sócrates deixou ainda uma palavra de "homenagem especial" à chanceler alemã, Angela Merkel, e ao presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, salientando que sem "o seu trabalho, inteligência e visão europeísta" a aprovação do Tratado de Lisboa não teria sido possível.
"Foi para mim uma honra ter tido a rara oportunidade de servir a Europa, o seu projecto de integração, o ideal europeu", conclui o primeiro-ministro.