Grupo Rangel abre escritório na fronteira com a Namíbia
“A porta de entrada de Angola passava, até aqui, pelos portos do Lobito e Luanda. A circulação por estrada não era fácil. Mas, ultimamente, o tráfego com a Namíbia e a África do Sul ‘explodiu’ com a melhoria das ligações e a Rangel em Angola vai abrir um escritório aduaneiro, em Santa Clara, até Março de 2010, para alargar e fortalecer o negócio no país”, disse, em entrevista à Lusa, o director geral da Rangel Internacional Aérea e Marítima.
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“A porta de entrada de Angola passava, até aqui, pelos portos do Lobito e Luanda. A circulação por estrada não era fácil. Mas, ultimamente, o tráfego com a Namíbia e a África do Sul ‘explodiu’ com a melhoria das ligações e a Rangel em Angola vai abrir um escritório aduaneiro, em Santa Clara, até Março de 2010, para alargar e fortalecer o negócio no país”, disse, em entrevista à Lusa, o director geral da Rangel Internacional Aérea e Marítima.
Nuno Fonseca explicou ainda que a estratégia de internacionalização da Rangel no país se iniciou por volta de 2006, tendo a administração do grupo concluído que “a África era o caminho a seguir”, eleito países com petróleo e, de entre estes, escolhido o mercado angolano para foco da sua expansão neste continente.
Além do escritório de apoio ao tráfego rodoviário, onde se poderão fazer operações aduaneiras e de desalfandegamento, a Rangel prevê também abrir, em 2010, escritórios no Lobito, Benguela e em Cabinda.
Angola é um país dualista - com uma forte economia petrolífera e uma não petrolífera - que necessita, a prazo, nomeadamente de infra-estruturas, equipamentos, materiais para a construção, saneamento básico, centros de logística, bens de consumo e produtos farmacêuticos.
Entre 2007 a 2008, a Rangel começou a trabalhar respondendo às necessidades, sobretudo das grandes empresas portuguesas que operam no país.
“O mesmo já não se pode dizer do ano de 2009, em que a carteira de clientes se alargou e, a partir de 2010, a estratégia de expansão vai passar por acompanhar, entre outras, as grandes empresas brasileiras e sul-africanas, dando particular destaque a mercados como a Namíbia, Botswana e a África do Sul”, explicou.
Segundo Nuno Fonseca, “a estratégia [global] da Rangel em Angola, um país com um forte potencial de crescimento nos próximos anos, passa por replicar em Angola o modelo que em Portugal tem uma escala inferior, mas que é gerador de forte valor acrescentado para a economia”.
A Rangel Angola facturou 400 mil dólares em 2006 (270 milhões de euros) e espera fechar este ano com 5 milhões de dólares (3,3 milhões de euros): “É um peso muito pequeno [cerca de 5 por cento] num volume de negócios consolidado de 100 milhões de euros em 2008.
Para 2009, a facturação do grupo Rangel deverá “manter-se em linha” com a observada em 2008, disse o responsável.
A Rangel vai construir, em 2010, um centro de operações logísticas, com 2.000 metros quadrados de área coberta, a 60 quilómetros de Luanda, em Catete.
Em Angola, o grupo tem a Rangel Express Angola (resultante da aquisição da empresa local Expresso Cargo), que representa a FedEx no país e a Rangel Angola (transitária).