Suíça: mais de 57 por cento da população votou contra minaretes nas mesquitas
O maior partido nacional, o Partido do Povo da Suíça (SVP, segundo as iniciais em alemão), alega que os minaretes ou torres erguidos no topo dos templos muçulmanos são um símbolo do islão militante.
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O maior partido nacional, o Partido do Povo da Suíça (SVP, segundo as iniciais em alemão), alega que os minaretes ou torres erguidos no topo dos templos muçulmanos são um símbolo do islão militante.
O SVP, que é contra a forte imigração existente neste país europeu de 7,6 milhões de habitantes, crê que as torres a partir das quais os crentes são normalmente chamados à oração, nos países muçulmanos, representam uma reivindicação político-religiosa de se alcançar mais poder.
No entanto, das 180 mesquitas existentes na Suíça, para servir uma comunidade de 400.000 muçulmanos, só quatro é que têm minaretes; e nenhum deles está a ser actualmente utilizado para o apelo à oração.
Alguns dias antes desta ida às urnas, apenas 37 por cento das pessoas consultadas pela televisão estatal DRS se diziam dispostas a apoiar a proibição dos minaretes.
Os primeiros resultados vão no sentido de que a votação favorável às pretensões da extrema-direita foi essencialmente nos cantões de língua alemã, enquanto nos de língua francesa se votou preferencialmente contra.
O Governo de Berna pedira à população que votasse contra a proposta apresentada, pois que isso causaria “incompreensão no estrangeiro e prejudicaria a imagem da Suíça”.