Kimi Djabaté
"Karam", estreia de Kimi Djabaté, é trabalho de compositor já feito, seguro da sua voz quente e grande construtor de ritmos e harmonias. Djabaté toca guitarra e balafón (espécie de xilofone) e todas as canções são dominadas pelas melodias desses dois instrumentos: por norma a guitarra enleia um entraçado complexo enquanto o balafón pontua uma melodia mais imediata. "Karam" abre com a óptima "Kodé", lenta canção com belos arranjos de metais, e à segunda faixa (homónima ao disco) deixa-se levar por um ritmo irresistível. A canção, lamento pelo grande continente, tem cuíca e percussões várias a levarem balanço ao rendilhado da kora - a melodia principal funciona em regime incitação-resposta e canta-se "I love Africa". Ao terceiro tema, "Djombé", estamos, graças a um extraordinário trabalho de guitarra, em pleno território de abanar o rabo, o que se repete na estupenda "Mussolu", com deliciosa melodia de balafón. E até ao fim será assim, com Djabaté a explorar as mais variadas formas de música mandinga munido apenas de umas percussões, coros, kora, voz quente e um exímio talento à guitarra. Uma grande, grande estreia.
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"Karam", estreia de Kimi Djabaté, é trabalho de compositor já feito, seguro da sua voz quente e grande construtor de ritmos e harmonias. Djabaté toca guitarra e balafón (espécie de xilofone) e todas as canções são dominadas pelas melodias desses dois instrumentos: por norma a guitarra enleia um entraçado complexo enquanto o balafón pontua uma melodia mais imediata. "Karam" abre com a óptima "Kodé", lenta canção com belos arranjos de metais, e à segunda faixa (homónima ao disco) deixa-se levar por um ritmo irresistível. A canção, lamento pelo grande continente, tem cuíca e percussões várias a levarem balanço ao rendilhado da kora - a melodia principal funciona em regime incitação-resposta e canta-se "I love Africa". Ao terceiro tema, "Djombé", estamos, graças a um extraordinário trabalho de guitarra, em pleno território de abanar o rabo, o que se repete na estupenda "Mussolu", com deliciosa melodia de balafón. E até ao fim será assim, com Djabaté a explorar as mais variadas formas de música mandinga munido apenas de umas percussões, coros, kora, voz quente e um exímio talento à guitarra. Uma grande, grande estreia.