“A entrada de homens armados em território saudita e a agressão contra patrulhas fronteiriças constituem uma violação da soberania que dá ao nosso reino todo o direito de tomar todas as medidas para pôr fim a esta presença ilegítima”, explicava fonte oficial do Governo citada pela agência local SPA. “As operações vão continuar até que todo o território saudita tenha sido limpo de qualquer elemento hostil”, avisou ainda.

“A entrada de homens armados em território saudita e a agressão contra patrulhas fronteiriças constituem uma violação da soberania que dá ao nosso reino todo o direito de tomar todas as medidas para pôr fim a esta presença ilegítima”, explicava fonte oficial do Governo citada pela agência local SPA. “As operações vão continuar até que todo o território saudita tenha sido limpo de qualquer elemento hostil”, avisou ainda.

Esta mesma fonte em Riade não precisou que medidas são essas para além de que foram destacadas unidades das forças armadas para dar apoio aos guardas fronteiriços “de forma a evitar novas incursões”, numa referência ao ataque em que um grupo de várias dezenas de rebeldes xiitas iemenitas passou a fronteira e tomou de assalto esta semana um posto de controlo em Jabal Dukhan.

Segundo as autoridades sauditas um guarda fronteiriço foi morto e outros 11 ficaram feridos As autoridades de Riade relatam ainda que 40 rebeldes – conhecidos como Houthis, em referência ao nome de família do seu líder – foram mortos nos combates naquela área. Outros 40 ter-se-ão rendido durante os bombardeamentos, de acordo com testemunho do correspondente da televisão árabe Al Arabiya na região.

Oficialmente a Arábia Saudita admite apenas ter bombardeado aquele local – garantindo ainda que já retomou o controlo da área –, mas um conselheiro do Governo do país dissera na véspera que Riade avançara com intensos bombardeamentos aéreos também sobre território iemenita desde a tarde de quarta-feira e que estava a colocar tropas junto à fronteira.

“Os raides aéreos tomaram por alvo também as suas posições no Norte do Iémen”, garantiu então à agência noticiosa britânica Reuters, solicitando anonimato com a justificação de que a operação estava ainda a decorrer. “Os bombardeamentos estão a ser bem -sucedidos e são muito intensos não apenas na fronteira mas também nas principais posições [dos rebeldes] à volta de Saada”, a capital da província do Norte iemenita, onde os Houthis combatem desde Agosto passado as forças regulares do país.

Este relato foi ecoado pela própria rebelião, que acusou Riade ainda ontem de ter atacado várias aldeias em território do Iémen: “As forças aéreas da Arábia Saudita estão a bombardear a província de Malaheet e as aldeias nas imediações da fronteira”, era relatado no website dos Houthis.

O Governo do Iémen, que a rebelião acusa de receber apoio de Riade, negou peremptoriamente, porém, que tenham ocorrido quaisquer raides aéreos sauditas no seu território.

As autoridades em Riade – assim como os aliados Estados Unidos – olham com crescente preocupação para o aumento da actividade rebelde xiita no Iémen assim como para o movimento separatista que ganha força no Sul do país, temendo a perda de controlo por parte do já muito frágil Governo iemenita e um fortalecimento da Al-Qaeda no país.